Continua a ser o rosto mais visível e conhecido de todo o projeto que estreou em competição em novembro de 2008, precisamente com uma ronda do Mundial Superbike. Paulo Pinheiro, CEO do Autódromo Internacional do Algarve, lidera uma grande equipa que ano após ano tem conseguido manter o circuito algarvio nos principais calendários do desporto motorizado.
Agora que estamos a poucas horas do início da ronda de Portimão do Mundial Superbike, publicamos aqui uma entrevista exclusiva que Paulo Pinheiro concedeu em exclusivo à Revista MotoJornal, e que pode encontrar no Guia Completo do Mundial SBK Portimão 2022, juntamente com horários completos e outras informações úteis relacionadas com esta ronda portuguesa.
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Entrevista a Paulo Pinheiro
MotoJornal – Mais uma vez o AIA marca presença no calendário do Mundial Superbike, o campeonato que estreou o circuito em 2008. Após tantos anos, e como líder da equipa que gere o circuito, como é que te sentes ao continuar a receber o Mundial SBK em tua “casa”?
Paulo Pinheiro – É sempre uma honra receber este que é o “nosso” campeonato, foi aqui que começámos como equipa, foi aqui que fizemos a nossa primeira corrida, portanto esta corrida é sempre muito especial para nós.
MotoJornal – Poderemos continuar a esperar ver corridas de SBK e MotoGP no AIA nos próximos anos tendo em conta que há vontade dos responsáveis destes campeonatos do mundo em visitar novos países e circuitos?
Paulo Pinheiro – Neste momento temos confirmado MotoGP, como primeira corrida do campeonato de 2023, e estamos a fechar as negociações para renovar o WSBK, para alguns anos. O passado recente ensinou-nos que nada é garantido, pelo que vamos trabalhar e viver ano a ano, mas penso que tudo está muito bem encaminhado.
MotoJornal – A ronda de Portimão da temporada 2022 deverá ser espetacular, não só pelo cenário, como pela competição com vários pilotos a discutir o título. Tens esperança que isso seja um fator de atração adicional para o público?
Paulo Pinheiro – Sim, a prova de Portimão é sempre especial, para público e pilotos, é a última na Europa também este ano, e o campeonato está ao rubro, portanto será certamente uma corrida muito especial. Teremos pilotos portugueses, portanto será mais um motivo de interesse, e para nós será a última oportunidade de vermos o Eugene Laverty, nas SBK depois de uma longa e espetacular carreira, por isso também queremos que seja uma corrida especial para ele e todos os fãs.
MotoJornal – Se não estamos em erro, foi anunciado que os bilhetes de paddock esgotaram. Isso permite fazer desde já uma estimativa em termos de números de pessoas que visitam o AIA neste fim de semana do Mundial Superbike?
Paulo Pinheiro – Sim, a alocação inicial de bilhetes paddock esgotou, e tivemos de em conjunto com a Dorna, aumentar, portanto, voltámos a ter bilhetes paddock disponíveis, mas isto mostra o entusiamo pelas SBK em Portimão. Julgamos que iremos ter muito público, ainda não ao nível de 2019, mas pensamos que chegaremos aos 35.000 ao longo do fim de semana.
MotoJornal – Organizar um evento de cariz mundial nunca é fácil. Como é que tu e a tua equipa preparam um fim de semana de Mundial Superbike?
Paulo Pinheiro – A nossa equipa tem uma série de rotinas que varia de corrida para corrida, desde as reuniões com entidades oficiais, GNR, Bombeiros, INEM, etc, até às entidades desportivas como a federação e demais envolvido. É uma prova muito exigente, não tem exatamente a dimensão do MotoGP, mas é um grande evento, e para o público o facto de ter acesso ao paddock permite um tipo de relação com os pilotos e equipas mais íntimo, e isso é muito interessante para todos.
MotoJornal – Uma das coisas que os fãs mais se referem é a forma como são recebidos pelos circuitos, que criam demasiadas “barreiras” ou regras que têm de ser cumpridas. Como é que o AIA pretende fazer com que o público se sinta confortável? Mais locais de refeição por exemplo?
Paulo Pinheiro – Para quem conhece os diversos circuitos do Mundo, como nós e certamente como muitos dos portugueses, poucos circuitos terão tantas áreas para o público como o nosso circuito. Nós não criamos barreiras, há regras impostas pela legislação portuguesa que é diferente da legislação de outros países e que nós não podemos mudar. O que tentamos fazer é melhorar em cada evento e progredir no sentido de tornarmos os eventos melhores e mais aprazíveis para o público. As corridas existem para os fãs, e os fãs que se deslocam ao circuito são os mais importantes para nós. Eu comecei a ir ver as corridas como espectador e ainda hoje vou a outros circuitos, portanto também sei perceber o que se pode melhorar e onde somos melhores que os outros. Teremos muitos espaços de comida quer no paddock, quer nas bancadas, pelo que espero que tudo seja do agrado dos nossos fãs.
MotoJornal – Existirá algum evento prévio ao início da atividade em pista que ligue os pilotos aos fãs ou à própria região de Portimão? Por exemplo, sessões de autógrafos em Portimão. E se houver alguma coisa já prevista, quais serão os horários e locais onde isso acontecerá.
Paulo Pinheiro – Este ano a organização chamou a ela todas as atividades pré-evento, pelo que ainda não sabemos o programa das eventuais atividades que existirão. Nas semanas antes da prova iremos divulgar nas redes sociais todas as atividades para o público. *
* Após a entrevista ser realizada, o Autódromo Internacional do Algarve confirmou que existirá uma “Parade Lap” no domingo 9 de outubro, depois do fim das corridas. Os fãs que assistam ao Mundial Superbike vão poder percorrer com as suas motos e durante uma volta em ritmo de “passeio” o traçado algarvio.
Fique atento a www.motojornal.pt pois iremos dar-lhe todos os resultados do Mundial Superbike em Portimão este fim de semana. A não perder!
