O circuito de Phillip Island na Austrália tem sido alvo de diversas intervenções ao longo dos últimos anos. A mais recente foi mais uma intervenção de colocação de novo tapete de asfalto. E do que vimos nos testes oficiais de SBK de pré-temporada recentemente realizado no traçado australiano, com novos recordes não oficiais a serem alcançados, o novo asfalto é bom.
Mas, claro, nem tudo é perfeito. E na verdade a Pirelli, fornecedor exclusivo dos pneus para as categorias do Mundial Superbike que no próximo fim de semana competem em Phillip Island naquela que será a ronda de abertura da temporada 2024, avisou que o novo asfalto é demasiado abrasivo e que os pneus italianos podem não aguentar as exigências de uma corrida.
Nem mesmo os compostos mais duros seriam capazes de aguentar o esforço e desgaste provocado pelo novo asfalto mais abrasivo.
Depois das primeiras indicções saídas do paddock de SBK que deixavam no ar a possibilidade de voltarmos a ter corridas com “pit-stop” obrigatório para troca de pneus, hoje surgiu, finalmente, a confirmação oficial de que as corridas serão mesmo com paragem obrigatória.
As paragens nas boxes serão obrigatórias nas Corrida 1 e 2 das categorias Superbike e Supersport.
Assim, na categoria principal SBK, teremos corridas reduzidas de 22 para 20 voltas e com os pilotos a terem de entrar na box para um “pit-stop” de troca de pneu traseiro entre as voltas 9 e 11. Já no caso da categoria SSP, as corridas serão de 18 voltas e os pilotos poderão entrar na box para troca do pneu traseiro entre as voltas 8 e 10.
Refira-se ainda que perante este cenário de desgaste exagerado dos pneus em Phillip Island, a Pirelli e a Dorna WSBK decidiram disponibilizar mais dois conjuntos de pneus a cada piloto, para além da quantidade de pneus que habitualmente têm possibilidade de utilizar ao longo de cada fim de semana de Mundial SBK.
Em reação a esta situação que altera sempre o habitual desenrolar da ação em pista, pelo menos da forma a que estamos habituados em SBK e SSP, Gregorio Lavilla, diretor executivo do Mundial, refere que “O circuito portou-se admiravelmente bem com o novo asfalto. Enquanto a borracha vai acumulando as condições de pista vão evoluindo, o que apresenta novos desafios. Visto que os pneus foram enviados em final de novembro para chegarem aqui a tempo da primeira ronda, não houve tempo para fabricar pneus específicos para estas condições de asfalto. Analisámos a situação com cuidado. Embora a situação tenha melhorado (depois dos dois dias de testes), podem não ter melhorado o suficiente, especialmente considerando o ritmo alto deste circuito. Nestas circunstâncias temos de optar pela opção de maior segurança”.
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