Nos próximos dias 11 a 13 de outubro o Circuito do Estoril vai vestir-se de gala para receber a penúltima ronda da temporada 2024 do Mundial Superbike, campeonato onde se insere o Mundial Feminino (WCR). E neste primeiro ano em que dezenas de pilotos mostram que o motociclismo de competição tem espaço para as senhoras, teremos também a estreia da piloto portuguesa Rafaela Peixoto!
A piloto de Sintra vai competir na ronda portuguesa e logo num circuito que conhece bem, a sua ‘casa’, tendo recebido o convite por parte da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP) para estrear as cores nacionais neste Mundial Feminino.
Habituada a competir nas Supersport 300, onde na última ronda do CNV Moto conseguiu subir ao pódio por duas vezes, Rafaela Peixoto vai também estrear-se aos comandos de uma Yamaha R7, com preparação específica para esta competição.
Tendo em conta todo este ‘cenário’, a piloto portuguesa enfrenta com expectativas positivas esta participação no Mundial Feminino.
Nestes dias que antecedem a ronda lusa, concedeu à Revista Motojornal declarações exclusivas onde nos conta como se sente, faz uma primeira antevisão ao que vai acontecer no Circuito do Estoril e inclusivamente lança o desafio para que no futuro outras pilotos portuguesas consigam também participar neste mundial altamente competitivo:
“O convite para participar no Mundial Feminino foi das melhores notícias que recebi nestes anos de competição. Saber que existe um campeonato mundial de velocidade a nível feminino deixou-me no começo do ano bastante contente por saber que a força das pilotos neste desporto e tudo o que elas representam foi suficiente para a criação deste campeonato. Agora estava longe de imaginar que um dia teria a possibilidade de participar nele.
Senti-me bastante lisonjeada pelo voto de confiança que a Federação de Motociclismo de Portugal depositou em mim e confiante de que irei aproveitar a experiência ao máximo e aprender com a mesma.
As motos utilizadas no campeonato são Yamaha R7, sendo uma moto que desconheço, mas não me deixa apreensiva, irei tentar andar o máximo que conseguir durante as sessões e analisar as sensações que a moto me transmite para poder ter tudo alinhado no momento da corrida. O facto de rodar bastante no Circuito do Estoril não acredito que será uma vantagem para com outras pilotos, porque estamos a falar de pilotos de nível mundial, onde seja qual for a pista e qual for o conhecimento da mesma, sabemos que o ritmo será elevado, mas deixa-me com menos uma novidade para o fim de semana, dado que conheço bem o circuito.
A nível de planos futuros, acho que é muito precoce para falar, porque não sabemos o que irá acontecer no fim de semana de corridas, mas estar a tempo inteiro no Mundial Feminino seria mais que um sonho tornado realidade. É um objetivo que todos os pilotos sonham conquistar, competir a nível mundial, e por isso irei demonstrar aquilo que sei fazer nesta oportunidade que me foi dada, e ver o que o futuro nos reserva.
Um obrigado à Federação por esta oportunidade, e espero que todas as pilotos Portuguesas um dia tenham esta mesma oportunidade de representar Portugal no Mundial Feminino!”, confessou-nos a Rafaela Peixoto.
Este é apenas mais um motivo para marcar presença nas bancadas e paddock do Circuito do Estoril durante a ronda do Mundial Superbike que acontece de 11 a 13 de outubro.
Fique atento a www.motojornal.pt para estar sempre a par de todas as novidades do mundo do desporto em duas rodas. A não perder!