SBK – Novo limite de preço e Super Concessões revistas

A Comissão de SBK anuncia várias alterações. O limite de preço da moto será aumentado e sistema de Super Concessões revisto.

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A ronda de Portimão do Mundial Superbike pode ter terminado há mais de uma semana, mas sabemos agora, de forma oficial, que o fim de semana no Autódromo Internacional do Algarve foi palco de uma importante reunião da Comissão de Superbike. Dessa reunião resultam várias alterações, sendo as principais a revisão do limite máximo do preço das motos e ainda a revisão do sistema de Super Concessões nas SBK.

Talvez a alteração mais importante, do ponto de vista do impacto que provoca na competitividade das motos, seja a introdução das Super Concessões revistas. A nova fórmula de aplicação das Super Concessões no Mundial Superbike, a ser aplicada a partir da temporada 2023, prevê que os construtores tenham a hipótese de modificar de forma mais profunda, ou pormenorizada, o quadro das suas motos na tentativa de obter melhor performance.

A ideia subjacente a esta novidade aponta para que construtores que revelem mais dificuldade em obter bons resultados, consigam modificar de forma mais profunda as suas motos. Recordamos que, depois de muitos anos de grande liberdade ao nível da modificação do quadro, o Mundial SBK decidiu limitar as alterações que os construtores podem fazer neste componente tão importante.

sbkAté agora os pontos dados aos fabricantes no sistema de Super Concessões eram definidos pelos três primeiros classificados. A partir da próxima temporada serão distribuídos pontos de concessão aos cinco primeiros classificados.

Depois disso, e a cada três rondas do calendário, os pontos são somados, os resultados desse somatório inseridos num “Calculador de Performance”, que determinará de os construtores acedem à atualização de componentes ou às Super Concessões, como a modificação do quadro.

Outra novidade importante a destacar, é a atualização do preço máximo definido pelos regulamentos do Mundial Superbike para as motos usadas por cada construtor para homologação para competir.

Para além de terem de fabricar um mínimo de 500 unidades do modelo, têm de o colocar à venda por um PVP que não seja superior ao limite estabelecido. Atualmente esse limite está nos 40.000€.

sbkÉ por essa razão que vemos motos como a Ducati Panigale V4 R a custarem um valor muito perto desse limite nos concessionários. Porém, e pelos mais diversos fatores, como por exemplo o aumento da inflação e dos custos dos materiais usados para fabricar as motos, os construtores têm dificuldade em continuar a colocar nos concessionários as versões especiais para homologação das motos de SBK cumprindo com o teto máximo definido nos regulamentos.

Mais uma vez recorrendo ao exemplo da Panigale V4 R, a Ducati apresentou há pouco tempo a segunda geração desta moto – clique aqui para ficar a conhecer todos os detalhes da Panigale V4 R – que a casa de Borgo Panigale depois utiliza no Mundial Superbike. Ainda não sabemos o preço final desta novidade 2023 para o mercado português, porém, sabemos que noutros mercados europeus, por exemplo em Itália, o PVP será de cerca de 44.000€.

Tendo isto em conta, a Comissão de Superbike anunciou a atualização do valor máximo inscrito no regulamento, não tendo ainda revelado o valor exato. Mas, tudo indica que o novo preço máximo da versão de estrada da moto homologada para o Mundial Superbike será entre 45.000 e 50.000€.

Outras novidades anunciadas pela Comissão de Superbike apontam para que o “pit lane” esteja fechado durante as cerimónias de pódio, quando o pódio esteja localizado no “pit lane” ou acima do mesmo. Esta alteração deve-se a questões de segurança, impedindo assim as motos de circular no “pit lane” quando existem pessoas a celebrar um pódio.

A partir de agora cabe às Federações Nacionais que apresentam pilotos “wildcard” para aprovação da Comissão de Superbike, garantirem e validarem a qualidade do piloto, membros da equipa e material, mas também que a imagem da equipa está de acordo com o nível do Mundial Superbike.

Por último, e tendo em vista a aplicação a partir da temporada de 2024, a Comissão de Superbike concordou com a introdução de combustíveis sustentáveis como os que já foram aprovados para o Mundial de Velocidade em todas as categorias do Mundial SBK. A gasolina usada terá de ter um mínimo de 40% de combustíveis sustentáveis, sendo que este combustível E40 terá de ser compatível com a especificação adotada para MotoGP.