Álvaro Bautista foi ontem o grande protagonista da Corrida 2 do SBK em Portimão. O espanhol que partiu da segunda posição da grelha, teve um arranque mal conseguido e caiu para a sexta posição. Depois disso, vimos no Circuito de Portimão, um instigado Álvaro Bautista a deixar tudo em pista para chegar à frente e tentar ganhar. E assim foi.
O ciclo de infortúnios das últimas corridas, e quiçá também o episódio da primeira manga deste fim-de-semana com o seu colega de equipa, Chaz Davies, a retirar-lhe qualquer hipótese de lutar pela vitória, fez com que o espanhol colocasse as “garras de fora” e fosse por ali fora até alcançar a liderança da corrida, o que veio a acontecer sensivelmente a meio da prova.
Todavia, não se pense que o homem da ARUBA.IT Racing Ducati tenha tido tarefa fácil durante as 20 voltas da corrida, já que o líder do campeonato, Jonathan Rea, depois de ultrapassado, nunca perdeu de vista a ronda traseira da Ducati do espanhol.
O britânico manteve-se sempre por perto, e nas últimas voltas, colou-se a Bautista numa pressão que durou até ao derradeiro momento, com uma estratégia de vitória que lhe falhou por apenas 0.111 segundos, com ambos a cruzarem a linha da meta colados.
Bautista, ainda que altamente pressionado, conseguiu segurar o primeiro lugar do pódio por muito pouco, mas o suficiente para acabar com a supremacia do piloto da Kawasaki Racing Team WorldSBK, que venceu as últimas oito corridas em Portimão.
Naquela que foi também a ronda com o final mais apertado da temporada do Mundial de Superbikes de 2019, assistimos a um Álvaro Bautista satisfeito, mas completamente esgotado pelo sacrifício das corridas a que este fim-de-semana foi sujeito, bem como pelas mazelas ainda não resolvidas fruto da sua queda em Laguna Seca: “Foi um fim-de-semana bonito, mas ao mesmo tempo muito duro. Foi a primeira vez que corri neste circuito, ainda que já tenha feito testes aqui, o que ajudou a ter as referências de pista mais claras. Mas foi muito difícil porque fisicamente não cheguei aqui a 100% devido à lesão ainda de Laguna Seca.”
E detalhou Álvaro Bautista, assumindo que teve sorte em vencer porque no final sentiu-se esgotado: “Tentei gerir a minha energia durante o fim-de-semana. Na corrida 1 tive um grande ritmo, mas com o incidente na primeira curva, em que perdi todas as chances de vitória, tentei recuperar posições ao máximo e gastei muita energia. Na Superpole desta manhã senti-me pior que ontem. Gastei 85% da minha energia antes de arrancar para a Corrida 2. Nas últimas duas voltas, senti uma quebra de energia muito forte. Os pneus também já não ajudavam. Não consegui estar tão forte quando desejava. Tive sorte que era a última volta, porque estava já esgotado. Por isso estou muito contente por ter ganho.”
O piloto espanhol da ARUBA.IT Racing Ducati está agora a 91 pontos do líder Jonathan Rea, quando faltam ainda nove corridas para terminar o WSBK.
O Mundial de Superbikes segue para a próxima etapa em Magny-Cours, França.
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