Foi no Kartódromo de Abrantes que a Federação de Motociclismo de Portugal, com apoio indispensável da Câmara Municipal de Abrantes e dos responsáveis do circuito, deu “luz verde” para o arranque da temporada 2024 do Campeonato Nacional de Supermoto.
Esta modalidade, sempre espetacular, voltou assim ao ativo depois da habitual pausa de inverno.
Foi então num traçado com boa aderência e uma zona de terra que apenas de tarde sofreu os efeitos de algum pó, com o vento a minimizar os inconvenientes, que os pilotos do CN Supermoto foram recebidos por um magnífico dia de sol e os fãs que fizeram questão de não faltar ao arranque do campeonato em Abrantes.
Em pista, para além das mangas da classe principal, estavam no programa ainda as corridas das classes de Mini Supermoto e R12, que entraram primeiro em ação.
Em R12, saindo da “pole position”, Alexandre Cabá dominou por completo, dobrando todos os rivais até ao terceiro colocado. Segundo lugar para Alexandre Canarias, com o estreante João Cancelinha a subir ao degrau mais baixo do pódio. A segunda manga desta classe foi uma réplica da primeira, com novo triunfo de Cabá e os mesmos protagonistas no pódio.
Na primeira manga de Mini Supermoto, David Dias teve um arranque muito forte, dominando desde os primeiros momentos e ganhando terreno face a Nelson Ferreira e João Alexandre, com estes pilotos a ficarem entretidos numa luta pelo segundo lugar, com vantagem final para Nelson Ferreira. O veterano Vasco Monteiro tentou envolver-se nesta disputa, mas acabaria por ter de contentar-se com o 4º posto.
Lourenço Vicente, a estrear-se nesta modalidade, vinha a fazer uma boa prova, mas foi obrigado a abandonar com um furo. Abandono também para Alexandre Araújo, que viu a corrente da sua moto ceder. Com tudo isto, foi David Dias que venceu a primeira corrida no Kartódromo de Abrantes, cruzando a meta com uma confortável margem de 26 segundos sobre o seu perseguidor imediato.
Na segunda manga, David Dias repetiu o bom arranque e a isolou-se rumo a nova vitória, enquanto Nelson Ferreira e João Alexandre voltaram a lutar pelos lugares seguintes, uma vez mais com vantagem para Nelson Ferreira. Alexandre Cabá perseguia esta dupla com vontade de entrar na luta pelo pódio, mas perdia algum tempo na zona de terra, terminando no 4º posto.
Finalmente, e no que respeita à categoria rainha do Campeonato Nacional de Supermoto, o campeão nacional em título, Sérgio Rego, arrancou na frente para a primeira manga, acossado de perto por Sebastian Gil e Eduardo Patrício, seguidos por Afonso Cruz e André Pires, que lutavam pelo quarto posto.
Na frente da corrida, Gil ultrapassa Sérgio Rego e desenrola-se então uma acesa e espetacular luta pela liderança, que só terminou com o baixar da bandeira de xadrez, com vitória para Sebastian Gil e Sérgio Rego ‘colado’ à sua roda traseira no 2º posto, a menos de duas décimas. Eduardo Patrício terminou um pouco mais atrás, a 5,2 segundos no terceiro lugar.
Na segunda manga, Sérgio Rego partiu na frente determinado a vingar a derrota da manga anterior, com Gil e Patrício a encetarem uma perseguição feroz ao Nº1.
As dobragens aos pilotos mais atrasados eram uma constante e acabaram mesmo por prejudicar o espetáculo, em particular um dos pilotos que, a ser dobrado pelos primeiros e desrespeitando as bandeiras azuis, fez com que demorasse volta e meia para que estes conseguissem concretizar a manobra, forçando a uma ultrapassagem desnecessária e perigosa por parte dos dois pilotos da frente.
A luta pela vitória travava-se entre Rego e Gil, desta vez com vantagem para o Campeão em título por 0,9s, com Eduardo Patrício a 12,7s no terceiro lugar.
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