A Suzuki tem um longo trabalho pela frente na modernização e criação de uma gama que lhe volte a dar o destaque no mercado que merece. A apresentação destes dois novos modelos de 125cc, não representa apenas o preenchimento de uma falha, mas sim um ataque deliberado à dominância dos seus concorrentes. Ambas as motos estão pensadas e desenvolvidas de raiz, com evidente qualidade a todos os níveis, deixando no ar a promessa de novos e bons ventos em Hamamatsu. Com uma ficha técnica de especificações de topo, tivemos oportunidade de as conhecer em ambiente de circuito e de estrada, para avaliarmos melhor o seu potencial.

 

Suzuki GSX-R 125

Motor monocilíndrico DOHC com 124,4cc e 14,96 cv. O peso em ordem de marcha são 134kg o mais baixo da categoria. Monta pneus com as dimensões 90/80-17 na frente e 130/70-17 na traseira, tendo um depósito com capacidade para 11L. A altura do banco ao solo são 785mm. Conta com um sistema de ignição sem chave, iluminação LED e instrumentação em LCD.

A desportiva está disponível nos concessionários oficiais desde 4.499€

Suzuki GSX-S 125

Motor monocilíndrico DOHC com 124,4cc e 14,96 cv. O peso em ordem de marcha são 133kg menos um que a GSX-R. Monta também pneus Dunlop D102 com as dimensões 90/80-17 na frente e 130/70-17 na traseira, tendo um depósito com capacidade para 11L. A altura do banco ao solo são 785mm. A posição de condução é mais direita e confortável contando ainda com mais ângulo na direcção. Tem também iluminação LED e instrumentação em LCD.

A GSX-S está disponível nos concessionários oficiais desde 3.999€

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Suzuki GSX 125
As GSX têm um painel de instrumentos em LCD com toda a informação necessária, incluindo relação de caixa e indicador de nível de combustível

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Suzuki GSX R 125
A ignição sem chave é um dos equipamentos de conforto que é exclusivo da versão “R”

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Suzuki GSX R125
Na frente a forquilha convencional oferece um funcionamento correcto e de acordo com o exigido a uma desportiva deste segmento

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Suzuki GSX 125
O sistema de escape usa o catalisador em “tandem” com dupla saída, garantindo um baixo peso e uma sonoridade mais grave

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Suzuki GSX 125
As GSX 125 utilizam umas jantes ligeiras de 17″ em alumínio, com um pneu de 130 mm atrás e 90 mm na frente, uns Dunlop D102

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Suzuki GSX R 125
O motor usado nestas GSX 125 tem por base a tecnologia desenvolvida para o motor da GSX-R 600 (é quase um quarto dessa unidade). Tem quatro válvulas, 2 de admissão de 24 mm e duas de escape de 21 mm. O desenho da câmara de combustão visa as prestações e os baixos consumos.

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Suzuki GSX 125
A óptica traseira segue uma linha muito simplista e colada à das irmãs maiores

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Suzuki GSX R 125
Na travagem brilha o sistema de ABS, com base na unidade Bosch ABS 10, que é a mais leve do mercado. Este actua em discos de 290 mm na frente e de 187 mm atrás.

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  FICHA TÉCNICA

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Tipo monociclíndrico , 4 tempos, refrigeração líquida, DOHC, 4 válvulas
Cilindrada 124 cc
Diametro x Curso 62 mm x 41,2 mm
Potência máxima 14,96 CV
Alimentação Injecção electrónica
Embraiagem Multidisco, banho de óleo
Transmissão final corrente
Caixa de velocidades 6 velocidades

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 Quadro tubular em aço
Pneu dianteiro 90/80-17″
Pneu traseiro 130/70-17″
Suspensão dianteira forquilha telescópica
Suspensão traseira braço oscilante com amortecedor hidráulico
Travão dianteiro disco de 290 mm recortado, pinça de duplo pistão
Travão traseiro disco de 187 mm recortado, pinça de pistão simples

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Altura GSX-R 125: 1075 mm
GSX-S 125: 1040 mm
Altura do assento GSX-R 125: 785 mm
GSX-S 125: 785 mm
Distância entre eixos GSX-R 125: 1300 mm
GSX-S 125: 1300 mm
Distância ao solo GSX-R 125: 155 mm
GSX-S 125: 155 mm
Peso em ordem de marcha GSX-R 125: 134 kg
GSX-S 125: 133 kg
Capacidade do depósito 11 lt

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Suzuki GSX-R 125 4.499 €
Triumph Tiger 800 XRx 3.999 €
Site  http://www.suzukimoto.pt/

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Alma de GSX-R

A pequena desportiva japonesa foi criada à imagem da GSX-R 1000, a sua irmã mais velha e adoptou também a estética e decoração da GSX-RR que Andrea Iannone e Alex Rins pilotam no mundial de MotoGP. Apesar de pequena, a moto é rápida e mesmo com um piloto claramente “demasiado” para ela, não deixa de brilhar no curto e revirado traçado do Kartódromo Internacional de Palmela. Não é rápida apenas pela bonita decoração azul e branca, mas sim porque o motor é um pequeno demónio de 125cc. A moto não é super potente, alinha pelos 15 cavalos da classe, mas a forma como sobe de rotação e o baixo peso do conjunto dão-lhe muita alma e emotividade na condução! A diversão em circuito, volta após volta, passa por variar a técnica, alternando entre reduções mais fortes, ajudadas pela embraiagem suave e pela caixa precisa, ou em deixar o motor numa mudança que faça todo o circuito sem problemas nas recuperações. Com o asfalto muito frio, no dia do nosso teste e com os pneus com a pressão de estrada, o melhor era mesmo engrenar a terceira e permitir ao motor gritar em alta rotação nas zonas rápidas e deixá-lo recuperar rotação de forma fácil e rápida nas zonas mais lentas. Os turnos foram passados num misto de tocar com o joelho no asfalto, derrapar os competentes Dunlop D102 e brincar com as relações de caixa para fazer tempos cada vez mais rápidos. A moto é muito ágil, curta entre eixos, fácil de levar de curva para curva, com uma travagem potente e que demonstrou excelente resistência à fadiga. As suspensões fazem uma boa leitura do asfalto, ajudando ao comportamento previsível da moto, mesmo quando o piso na estrada piora.

Polivalente

Fora das pistas a GSX-R mais pequena da gama Suzuki também se mostrou competente, não tendo uma posição de condução demasiado radical. Os consumos são baixos, numa média de 2,3L aos 100KM e monta de série alguns “luxos” para o segmento, como o sistema de ignição sem chave e o arranque eléctrico com um sistema de apenas um toque no botão. A instrumentação é toda digital, num LCD muito bem conseguido, faltando apenas um termómetro exterior para ser totalmente completo, mas que dá uma excelente leitura e informação. Os faróis são em LED, frente e trás, melhorando a iluminação e dando-lhe na estrada a silhueta de moto “grande”, quando se aproxima nos espelhos. A Suzuki conseguiu recriar com sucesso a sua herança desportiva, sendo esta 125 uma digna representante da linhagem GSX-R, quer esteticamente, quer dinamicamente.

Desportiva de todos os dias

O que a GSX-R tem de estilo desportivo e herança de pista, a GSX-S é estilo naked e utilitário. Não é uma “utilitária” por excelência, enquadrando-se mais como uma substituta das desportivas. A moto é quase a mesma que a GSX-R, motor, suspensão, travagem, traseira, jantes e pneus. Mas com uma posição de condução mais racional e confortável para o dia a dia, ou para uma volta de fim de semana. O que lhe falta em protecção aerodinâmica, pela ausência de carenagem, sobra-lhe em facilidade de utilização, com os braços numa posição muito correcta para atacar a estrada. Ainda houve oportunidade de fazer um turno de condução no Kartódromo Internacional de Palmela e mesmo tendo uma menor capacidade de definir o momento de inserção em curva, consegue ser mais descontraída no momento de acelerar, sendo mais fácil apontar a moto para a saída de gás a fundo. Na estrada a moto é muito agradável, com uma saída de baixas rotações muito vigorosa e fácil, fruto de ter a mesma potência da R mas menos um quilo ainda na balança. Tudo conta nesta categoria, todas as gramas.

Uma pequena grande GSX S

A caixa de velocidades ajuda bastante a fazer andar rápido a pequena S, sendo muito precisa e suave de accionar. A travagem é potente quanto baste, fácil de dosear e a suspensão está bem ajustada de fábrica, mesmo comigo em cima, um “piloto” bem mais pesado que aquele que será o típico comprador e utilizador desta moto. A S monta também a mesma instrumentação da R, bem enquadrada, de simples leitura e muito agradável esteticamente. A posição de condução é a principal diferença para a R. O guiador é mais largo e está montado 100mm mais alto e mais recuado, criando uma posição mais direita do tronco. Foi também mudado o banco do condutor e alterado o ângulo de direcção para que tenha mais 40 graus, mais 5 que a GSX-R e assim aumente a capacidade de manobra em espaços curtos. Falta-lhe apenas o sistema de ignição sem chave, trazendo uma fechadura tradicional, completada com uma tranca de protecção habitual nas scooters. Estas pequenas alterações ajudam na a manter o preço final do modelo num valor mais acessível. Esta GSX-S é uma pequena grande moto, que promete dar muita luta às rivais existentes no mercado.

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