Suzuki SV 650 X, Fonte da juventude

A Suzuki SV650X é uma variante da muito bem conhecida naked SV, cuja juventude parece ser eterna. Alia eficácia, facilidade de condução e muita diversão.

Suzuki SV650X
Texto: Vitor Martins
Fotos: Rogério Sarzedo

A Suzuki SV 650 é como os diamantes: eterna. Apesar de pequenas actualizações ao longo dos anos, a pequena bicilíndrica remonta já ao século passado, tendo surgido em 1999. Porém foi bem nascida e ainda hoje, quase 20 anos depois do seu lançamento original, tem características que fazem dela uma moto muito popular em todo mundo. Tecnicamente pouco mudou ao longo dos anos.

[cq_vc_sidebyside card1title=”DESTAQUES” card1titlecolor=”#ffffff” card1content=”Cilindrada: 645 cc
Potência: 75 CV/8.500 rpm
Binário: 63,7 Nm/8.100 rpm
Peso: 198 kg
Preço: 7.399 €” card1contentcolor=”#ffffff” dividerbg=”#ffffff” dividercolor=”#333333″ card2avatar=”image” card2image=”18135″ cardshape=”cq-rounded” cardstyle=”customized” card1bg=”#5967ea” card2bg=”#e2791d”]

A base continua a ser o motor bicilíndrico a 90°de 645 cc, que passou a ser ‘Dual Spark’ em 2007 e em 2017 recebeu o ‘Low RPM Assist’, para arranques mais fáceis. Tirando isso, e a adaptação à actual norma Euro 4, permanece praticamente inalterado, debitando uns simpáticos 75 cavalos de potência máxima (está disponível em versão A2, limitada a 35 kW/48 cv). Os corpos de acelerador do sistema de injecção são de 39 mm de diâmetro e são controlados pelo sistema Suzuki Dual Throttle Valve. Isto significa que uma das borboletas é controlada pelo condutor (através do acelerador, naturalmente) e outra pelo ‘computador’, de modo a maximizar as capacidade do motor perante as mais diversas situações. O motor é montado agora num quadro tubular (em vez do estampado usado anteriormente) em treliça, e de um modo geral, mantém-se o comportamento ágil e fácil que a SV 650 sempre teve.

  FICHA TÉCNICA

[vc_toggle title=”MOTOR E TRANSMISSÃO” style=”rounded” color=”orange”]

Tipo dois cilindros em V a 90°, 4T, refrigerado por líquido, duas árvores de cames à cabeça, quatro válvulas por cilindro.
Cilindrada 645 cc
Diâmetro/Curso 81 x 62,6 mm
Potência máxima 75 cv/8500 rpm
Binário máximo 63,7 Nm/8100 rpm
Alimentação Injecção electrónica, corpos de Ø39 mm
Transmissão Final Corrente
Escape 2-1
Embraiagem multidisco em banho de óleo
Caixa de velocidades seis velocidades

[/vc_toggle][vc_toggle title=”CICLÍSTICA” style=”rounded” color=”orange”]

Quadro treliça em tubos de aço
Pneu dianteiro 120/70-17”
Pneu traseiro 160/60-17”
Suspensão dianteira forquilha telescópica, Ø41 mm, curso n.d.
Suspensão traseira monoamortecedor, curso n.d.
Travão dianteiro dois discos de Ø290 mm, ABS
Travão traseiro disco simples com ABS

[/vc_toggle][vc_toggle title=”PESO E DIMENSÕES” style=”rounded” color=”orange”]

Largura máxima 760 mm
Altura 1090 mm
Altura do assento 785 mm
Distância entre eixos 1445 mm
Ângulo n.d
Avanço n.d.
Peso a cheio 198 kg
Capacidade do depósito 14,5 l

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Suzuki SV650X, a “neoretro”

Esta versão X é uma variante café racer/retro/desportiva. É proposta apenas nesta decoração de dois tons, com uma pequena carenagem de farol, assento com costuras transversais, avanços em vez de guiador, pousa-pés pretos e forquilha dianteira ajustável em pré-carga.
Os avanços proporcionam uma posição de condução mais desportiva, com o tronco inclinado para a frente e o peso suportado pelos braços. O assento está a 785 mm, por isso é muito fácil chegar com ambos os pés ao chão. Graças ao sistema ‘Easy Start’, basta um toque no botão de arranque e o bicilíndrico acorda prontamente para a vida. Mesmo com o escape original o som do V2 é muito interessante em aceleração, e contribui para as emoções e boas sensações que se vivem a bordo da SV.
Ao fim de alguns quilómetros percebemos porque é que a Suzuki tem mudado muito pouco na SV 650. Acertaram logo à primeira em 1999 e em equipa vencedora não se mexe. A SV 650 X é diferente apenas na decoração e na posição de condução. De resto mantém tudo o que fez da SV uma moto muito bem sucedida em todo o mundo – embora não muito em Portugal, incompreensivelmente.

Apesar do peso de aproximar dos 200 kg, a Suzuki SV 650 X é ágil e muito divertida de conduzir, com o peso bem distribuído. O motor empurra bem desde baixo e as rotações sobem alegremente a cada solicitação do acelerador. Aliás, o motor da SV é um dos grandes responsáveis pelo sucesso e longevidade da SV. É como se a Suzuki o banhasse frequentemente na fonte da juventude. Potência q.b., boa aceleração, ausência de vibrações, fácil de usar, e ainda por cima pouco sedento, com média a rondar os 4 litros de gasolina por cada 100 km. A ciclística trata do resto, para um comportamento eficaz e divertido. Mesmo sem recorrer a componentes topo de gama, o conjunto de suspensões está apto para qualquer tipo de andamento em qualquer tipo de piso, num excelente compromisso entre conforto e firmeza.

Divertida e polivalente

A posição de condução contribuiu para a dose de divertimento numa estrada sinuosa, mas pode tornar-se cansativa em utilização diária em meio urbano. Tirando isso, a SV 650 X está perfeitamente à vontade no trânsito, sendo muito fácil de levar, com uma embraiagem de funcionamento suave e com o auxílio do Low RPM Assist. Assim que começamos a largar a manete da embraiagem o sistema faz subir ligeiramente a rotação, tornando os arranques à prova de aselha; nunca deixamos o motor calar-se. Proposta por 7399 € a Suzuki SV 650 X parece continuar a ser um valor seguro. É verdade que parece desafiar a continuidade espaço-temporal, ao ser uma moto ‘antiga’ numa versão moderna com aspecto retro. Mas qualquer preconceito que se possa ter em relação ao factor ‘antiguidade’ da SV é dissipado pela sua competência dinâmica. É uma moto muito actual, agora com uma roupagem da moda e que continua a fazer felizes muitos motociclistas em todo o mundo.