De toda a família MT da Yamaha, a 07 é a mais bem sucedida. Das 140 537 Yamaha MT vendidas na Europa desde 2013, 68 443 são MT-07. Em todo o mundo, a Yamaha vendeu 120 440 unidades da 07 desde o seu lançamento.
As suas vendas têm sido estáveis, cerca de 17 000 unidades por ano na Europa desde a sua estreia. O segmento Hyper Naked em que se insere, representa um pouco mais de 50% das vendas da Yamaha; isso significa que a Yamaha MT-07 é um modelo muito importante para o construtor japonês.
O que mudar numa moto bem sucedida?
Tendo sido lançada em 2014 e com uma prestação comercial tão boa, o que fazer para a remodelar, tendo em conta que ’em equipa vencedora não se mexe’?
Primeiro que tudo, manter a filosofia e conceito Dark Side of Japan. Depois, reforçando a sua maturidade, preservando o preço face à concorrência e o equipamento face às restantes motos da família. Outro ponto importante era manter a satisfação da sua potencial clientela que é bastante abrangente. Do inexperiente motociclista de 20 anos, que tira partido da versão A2, até ao maduro e experiente com mais de 60.
Potência: 75 CV/9000 rpm
Binário: 68 Nm/6500 rpm
Peso: 182 kg
Preço: 6995 €” card1contentcolor=”#000000″ dividerbg=”#ffffff” dividercolor=”#333333″ card2avatar=”image” card2image=”8584″ cardshape=”cq-rounded” cardstyle=”customized” card1bg=”#e2791d” card2bg=”#e2791d”]
Para isso a Yamaha ouviu os utilizadores – dos quais 17% do sexo feminino. Estes escolheram a MT-07 primeiro pela estética, depois pela maneabilidade e depois pelas prestações. E como a usam? Primeiro nas deslocações diárias (commuting), resposta dada por 70% dos inquiridos; depois lazer (18%), desporto (10%) e trabalho (2%, e especialmente graças às escolas de condução).
A remodelação da Yamaha MT-07 apontou para novos clientes, de uma faixa etária até aos 25 anos, mantendo-se apelativa aos mais velhos. Para isso seguiram os três pilares básicos que deram origem ao modelo: emoção, facilidade de utilização e economia.
O resultado final é a mesma Yamaha MT-07 de antes, mas refinada nalguns pontos.
Mesmo motor, melhores suspensões
Algo que não mudou foi o motor de dois cilindros paralelos. Com 689 cc e 75 cv de potência máxima, o propulsor da MT-07 desempenha um papel importante no seu carácter. Também usa a configuração ‘crossplane’ da desportiva R1, com a cambota, com as explosões as explosões separadas 270°.
A MT-07 é proposta também na versão limitada a 35 kW para os detentores da carta de condução A2. Representaram no ano passado 31% das vendas deste modelo, e a Yamaha prevê que aumente em 2018, para perto dos 40%.
O motor bicilíndrico é montado num quadro tubular, que também não tem alterações face à geração anterior.
As principais alterações na renovada Yamaha MT-07 estão na estética e nas suspensões.
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O motor é a mesma unidade bicilíndrica de 689 cc e 75 cv das gerações anteriores, denominado CP2, por usar a configuração ‘cross plane’ da desportiva R1 na cambota.
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O farol dianteiro tem novo design, que faz parte das alterações estéticas efectuadas nesta remodelação.
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O conjunto depósito-assento foi alterado. O depósito é um pouco mais curto, e o assento é ligeiramente maior; estas alterações resultam em mais espaço, mas mantendo a altura ao solo (805 mm).
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O amortecedor traseiro, assim como a forquilha, têm novas molas e novas configurações internas, resultando mais firmes do que anteriormente, beneficiando a condução desportiva, sem prejudicar o conforto.
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A caixa de velocidades é bastante suave e precisa e não merece qualquer reparo.[/vc_toggle][vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22CICL%C3%8DSTICA%20-%209%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2290%22%2C%22color%22%3A%22bar_turquoise%22%7D%5D”][vc_toggle title=”Lê mais sobre a Ciclística” style=”rounded”]Foi na ciclística que a MT-07 receceu as principais alterações, com novas taragens quer da forquilha, quer do amortecedor traseiro.
A forquilha KYB de Ø41 mm viu a força da mola aumentar em 6%, enquanto que a recuperação foi aumentada em 16%. No amortecedor traseiro, também KYB, a mola é 11% mais dura do que na geração anterior, a recuperação em alta velocidade aumentou 27% e a compressão em 40%.
O resultado é um conjunto mais firme, com melhor comportamento em condução desportiva, mas que não sacrifica o conforto.
A travagem, a cargo de dois discos de Ø282 mm à frente (e um de Ø245 mm atrás) é adequada às prestações da MT-07, e ao público alvo a que se destina. Os mais experientes talvez não desdenhassem um conjunto mais potente.[/vc_toggle][vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22QUALIDADE%2FPRE%C3%87O%20%20-%209%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2290%22%2C%22color%22%3A%22bar_orange%22%7D%5D”][vc_toggle title=”Lê mais sobre Qualidade e Preço” style=”rounded”]Proposta por 6995 €, a Yamaha MT-07 representa um bom valor para o custa. Por alguma razão é a mais popular moto da gama Hyper Naked da Yamaha, e um dos mais importantes modelos da marca na actualidade. Tem uma estética apelativa, é fácil de conduzir ao mesmo tempo que é capaz de transmitir muitas emoções na condução. Tanto pode ser vista e tratada como uma utilitária para o dia-a-dia, como uma divertida naked com boas prestações e comportamento dinâmico. Essa versatilidade associada ao carácter rebelde Dark Side of Japan são a chave do sucesso da Yamaha MT-07.[/vc_toggle]
A mesma, mas melhor
Esteticamente a MT-07 exibe um novo farol dianteiro, e o conjunto depósito/assento é todo novo. Antes este conjunto era formado por 21 componentes, agora são 18. Esta alteração visou principalmente ter um assento mais espaçoso do que anteriormente, o que proporciona uma posição de condução ligeiramente diferente. Isso foi conseguido com o avanço da parte traseira do depósito em 10 mm. Apesar da diferença, a MT-07 continua a ser bastante acessível, já que a altura do assento se manteve nos 805 mm. Aliás, tão acessível, que a Yamaha oferece como opcional um assento que aumenta em 28 mm a distância deste aos pousa-pés. Assim, os condutores mais altos não se sentirão encolhidos.
No conjunto do assento, nas laterais traseiras foram adoptadas umas ‘asas’ inspiradas nas desportivas R6 e R1. Apesar de discretas, encaixam perfeitamente na estética e estilo da MT-07. Para montar alguns acessórios, como as malas laterais, estas ‘asas’ têm que ser desmontadas.
Quanto às suspensões, as alterações foram feitas nas molas e na configuração interna, tornando-as mais duras.
Multifacetada
Na prática a Yamaha MT-07 continua a ser aquela moto multifacetada. Tanto pode ser a utilitária que nos leva todos os dias a superar o inferno do trânsito urbano, como a desportiva que nos leva a deitar nas curvas da serra.
Para esta apresentação a Yamaha escolheu as estradas da Andaluzia, entre Marbella e Ronda. Contando com bom tempo, pudemos usufruir de m ais de 200 km aos comandos da MT-07, e terminar o dia com um enorme sorriso.
A introdução de suspensões mais firmes poderiam fazer sugerir uma moto mais desconfortável ou mais caprichosa em mau piso. Porém isso não aconteceu. Não só a MT-07 não perdeu em termos de conforto, como ganhou em termos dinâmicos, ganhando mais alguma estabilidade, por exemplo, em curvas rápidas.
Isto conjugado com um motor tão linear e voluntarioso na entrega, torna a MT-07 numa moto muito divertida de conduzir, sendo fácil explorar o seu potencial.
Fácil e ágil
Saltar de curva para curva sabendo como a MT-07 faz exactamente o que queremos proporciona uma grande dose de confiança para desfrutar em pleno da condução. Não tem a agressividade das irmãs maiores e mais potentes, mas compensa com a agilidade.
É muito fácil de levar de curva para contracurva, entrando sempre na trajectória que escolhemos, e caso falhemos, permite-nos corrigir o erro.
No fim do dia percebemos porque é que a MT-07 é a mais popular no Dark Side of Japan: é uma moto que proporciona emoções, sendo fácil de conduzir e explorar, com uma estética apelativa, um preço que não a penaliza, e muito apta para as tarefas diárias.
FICHA TÉCNICA
Tipo | 2 cilindros, 4 tempos, refrigeração líquida, DOHC, 4 válvulas por cilindro |
Cilindrada | 689 cc |
Diametro x Curso | 80 mm x 68,6 mm |
Potência máxima | 74,8 cv (55 kW)/9000 rpm |
Binário máximo | 68 Nm/6500 rpm |
Alimentação | injecção electrónica |
Embraiagem | multidisco, banho de óleo |
Transmissão final | por corrente |
Caixa de velocidades | 6 velocidades |
[/vc_toggle][vc_toggle title=”CICLÍSTICA” style=”rounded” color=”orange”]
Quadro | tubular em aço |
Pneu dianteiro | 120/70 ZR 17 |
Pneu traseiro | 180/55 ZR 17 |
Suspensão dianteira | forquilha telescópica invertida KYB Ø41 mm, curso de 130 mm |
Suspensão traseira | sistema mono-amortecedor, amortecedor KYB ajustável em recuperação e pré-carga da mola, curso de 130 mm |
Travão dianteiro | 2 discos de 282 mm, pinças de 4 êmbolos |
Travão traseiro | disco de 245 mm, pinça de um êmbolo |
[/vc_toggle][vc_toggle title=”PESO E DIMENSÕES” style=”rounded” color=”orange”]
Altura | 1090 mm |
Altura do assento | 805 mm |
Comprimento total | 2085 mm |
Distância entre eixos | 1400 mm |
Ângulo da coluna de direcção | 24°50 |
Trail | 90 mm |
Peso em ordem de marcha | 182 kg |
Capacidade do depósito | 14 l |
[/vc_toggle][vc_toggle title=”PREÇOS” style=”rounded” color=”orange”]
Cores | Night Fluo, Tech Black e Yamaha Blue |
Preço | 6 995,00 € |
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