Com a introdução da MT-09 no reforço da já existente, mas discreta, gama MT em 2013, a Yamaha criou um verdadeiro fenómeno.
Sob o lema Dark Side of Japan, a família MT de motos nakeds de carácter desportivo cresceu em popularidade e hoje as ‘hyper naked’, como a Yamaha lhes chama, representam praticamente metade das vendas da marca japonesa: 48% em 2017.
Destas, a MT-07 tem sido a mais vendida, com cerca de 17 000 unidades vendidas anualmente; logo a seguir surge a MT-09, que em 2017 vendeu 8357 unidades, crescendo 1300 face ao ano anterior.
No segmento das naked de média cilindrada a Yamaha MT-09 detém cerca de 22% de quota de mercado, o que diz bem do sucesso da máquina japonesa.
Ampliar a gama
Depois de ter criado uma versão SP da sua MT-10, apelando àqueles buscam algum exclusividade e refinamento, a Yamaha decidiu fazer o mesmo com a MT-09: com a introdução da SP, as vendas da MT-10 subiram ligeiramente de 2016 para 2017, com a versão especial a valer 35% das vendas totais do modelo, ao ir buscar um tipo de clientela ligeiramente diferente, aqueles que buscam um produto premium. No total já foram vendidas quase 150 000 unidades dos vários modelos MT desde 2013.
A gama MT originou também outro fenómeno, que foi os clientes adoptarem o tipo de vestuário proposto pela imagem promocional da Yamaha em relação ao ‘lado negro do Japão’, replicando o estilo dos anúncios e dos videos promocionais, fazendo da MT praticamente o seu estilo de vida.
A MT-09 mostrou-se ainda muito versátil, segundo o feedback dos clientes, que tanto a usaram para as deslocações diárias como para os passeios e curvas de fim-de-semana, e até track days
O mesmo deverá acontecer com a MT-09 e a sua nova versão SP, que a Yamaha veio apresentar à imprensa internacional nas estradas portuguesas, com Almancil a servir de base.
Potência: 115 CV/10 000 rpm
Binário: 87,5 Nm/8500 rpm
Peso: 193 kg
Preço: 10 395 €” card1contentcolor=”#000000″ dividerbg=”#ffffff” dividercolor=”#333333″ card2avatar=”image” card2image=”7705″ cardshape=”cq-rounded” cardstyle=”customized” card1bg=”#e2791d” card2bg=”#e2791d”]
Uma velha conhecida
Apesar desta ser uma nova versão, não deixa de ter por base a nossa conhecida MT-09, cujo motor tricilíndrico é grandemente responsável pelo carácter rebelde e divertido do modelo japonês.
A mecânica continua a ser a mesma, e embora haja novidades na ciclística – que é onde estão as principais diferenças entre a versão base e a SP – a geometria permanece inalterada.
O resultado é uma moto que nos é familiar, mas com algumas reacções um pouco mais refinadas, e com maiores possibilidade de personalização, dada a total ajustabilidade quer da forquilha dianteira KYB quer do amortecedor traseiro Öhlins.
Por fora a forquilha KYB parece ser a mesma, e as diferenças estão no interior, enquanto que na versão base cada um dos braços da forquilha tem uma função/afinação, compressão de um lado, extensão do outro, na SP não só as funções estão dos dois lado, como possui molas de duplo passo, ajuste de compressão de alta e baixa velocidade e ajuste da pré-carga da mola também de ambos os lados.
Quanto ao amortecedor traseiro, é uma unidade Öhlins – em vez do KYB da versão base – totalmente ajustável, tendo sido desenvolvido com foco na tracção tendo, por paradoxal que que pareça, recebido uma mola mais macia que a do KYB.
Quer no A quer no Standard o empurrão é forte e decidido, mas a entrega é mais ríspida no a, como seria de esperar. Porém este modo requer algum hábito nas situações em que fechamos totalmente o acelerador e depois voltamos a abrir rápido.
Para além dos modos de condução, temos também disponível o controlo de tracção com dois níveis, podendo ainda ser desligado.
A MT-09 SP conta, tal como a sua irmã, com quick shfiter, mas só para cima, nas reduções é necessário usar a embraiagem, o que é uma pena – para além de dar muito jeito, podia ser mais um ponto de diferenciação para a versão base.
De qualquer modo, com a caixa muito suave e precisa e uma embraiagem ‘Assist&Slip’ bastante suave, as reduções fazem-se rapidamente e ‘sem espinhas’.[/vc_toggle][vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22CICL%C3%8DSTICA%20-%208%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2280%22%2C%22color%22%3A%22bar_turquoise%22%7D%5D”][vc_toggle title=”Lê mais sobre a Ciclística” style=”rounded”]É na ciclística que estão as principais diferenças das versão SP, com a adopção de uma forquilha e um amortecedor diferentes, mais orientados para uma condução desportiva e mais adaptáveis ao estilo ou gosto de condução de cada um.
Na verdade não é fácil distinguir as diferenças. Talvez se sinta um pouco mais estável, e digira melhor as irregularidades em mau piso. Não tendo havido alterações na geometria, continua a demonstrar a mesma agilidade.
O mesmo acontece com o sistema de travagem, com dois discos de 298 mm na dianteira, com pinças de montagem radial, capazes de parar a MT-09 SP com apenas dois dedos na manete.[/vc_toggle][vc_progress_bar values=”%5B%7B%22label%22%3A%22QUALIDADE%2FPRE%C3%87O%20%20-%208%20pontos%22%2C%22value%22%3A%2280%22%2C%22color%22%3A%22bar_orange%22%7D%5D”][vc_toggle title=”Lê mais sobre Qualidade e Preço” style=”rounded”]A Yamaha MT-09 Sp é proposta por 10 395 €, o que significa uma diferença de 1100 € para a versão base (que custa 9295 €). Esses 1100 € compram a forquilha e o amortecedor mais evoluídos e uma pintura exclusiva, denominada Silver Blu Carbon, com as jantes azuis e as costuras do assento a condizer, e ainda alguns elementos pretos, como guiador e manetes.
É pena que não tenha sido adoptado o painel de instrumentos TFT usado na MT-10 SP, mas foi uma questão de custos: a diferença do preço final para a versão base seria muito maior do que a Yamaha tinha como objectivo.[/vc_toggle][cq_vc_hotspot image=”7628″ position=”20%|63%,35%|40%,52%|30%,60%|60%,55%|70%” iconbackground=”#ed6b10″ circlecolor=”#ffffff” maxwidth=”320″]
[hotspotitem]O painel de instrumentos é minimalista, mas no ecrã LCD está toda a informação necessária. Só o conta-rotações é de leitura menos clara à primeira olhadela. É pena não terem optado pelo ecrã TFT da MT-10 SP.
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[hotspotitem]O assento é aparentemente plano, mas na verdade tem um pequeno ‘degrau’ que nos empurra para a frente. A sua decoração é exclusiva desta versão SP, com as costuras azuis.[/hotspotitem]
[hotspotitem]O amortecedor traseiro é Öhlins e é totalmente ajustável. Foi configurado para melhorar o contacto e a tracção mas, paradoxalmente, usa uma mola mais macia.[/hotspotitem]
[hotspotitem]O motor de três cilindros e 847 cc não tem diferenças para o da MT-09 ‘normal’. É o mesmo motor musculado com resposta alegre às solicitações do acelerador, contando com D-Mode, controlo de tracção e quick shift, mas só para engrenar mudanças acima.[/hotspotitem]
[hotspotitem] A forquilha KYB é outra das diferenças para a versão base. Na SP é totalmente ajustável, incluindo em altas e baixa velocidades, na parte inferior.
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Desportiva mas versátil
Apesar do seu carácter desportivo, na verdade a MT-09 SP, tal como a versão que lhe serve de base, é uma moto mais versátil do que poderá parecer à primeira vista.
Para além da verdadeira máquina de diversões que é, devido a uma posição de condução pouco agressiva e a um assento relativamente confortável, esta MT tanto pode servir como meio de deslocação diária, como para trajectos de fim-de-semana um pouco maiores, em busca daquelas curvas que a MT faz tão bem.
Apesar de confortável, o assento possui um ‘degrau’ na sua parte posterior que nos está sempre a empurrar para a frente, o que por vezes é incomodativo. De resto, e apesar das suspensões firmes para um bom comportamento desportivo, conseguem lidar bem com as irregularidades.
Um caso de sucesso
A família MT da Yamaha é actualmente um caso de sucesso, com modelos desde a pequena 125 até à poderosa MT-10, passando pelas MT-03 e 07, e a 09, ou seja, uma gama bem abrangente. A MT-09 SP aumenta um pouco mais a escolha, mantendo os argumentos da existente 09, e acrescentando alguns pormenores para fazer a diferença para aqueles que procuram um pouco de exclusividade. A avaliar pela reação dos fãs à mesma operação na MT-10, a MT-09 SP tem tudo para ser igualmente muito bem sucedida.
Ficha técnica
Tipo | 3 cilindros em linha, a 4 tempos, |
Distribuição | dupla árvore de cames à cabeça, 4 válvulas por cilindro |
Cilindrada | 847 cc |
Diâmetro x Curso | 78 x 59,1 mm |
Potência máxima | 115 cv (84,6 kW)/10 000 rpm |
Binário máximo | 87,5 Nm/8500 rpm |
Alimentação | injecção electrónica |
Taxa de compressão | 11,5:1 |
Embraiagem | multidisco em banho de óleo ‘Assist&Slip’ |
Caixa de Velocidades | 6 velocidades |
Trasmissão final | por corrente |
[/vc_toggle][vc_toggle title=”Ciclística”]
Quadro | Em alumínio tipo diamante |
Braço oscilante | Em alumínio tipo diamante |
Pneu dianteiro | 120/70 ZR 17 |
Pneu traseiro | 180/55 ZR 17 |
Suspensão dianteira | forquilha telescópica invertida KYB totalmente ajustáve, curso de 137 mm |
Suspensão traseira | sistema mono-amortecedor, amortecedor Öhlins totalmente ajustável, curso de 130 mm |
Travão dianteiro | 2 discos de 298 mm, pinças de 4 êmbolos, montagem radial |
Travão traseiro | disco de 245 mm, pinça de um êmbolo |
[/vc_toggle][vc_toggle title=”Peso e dimensões”]
Altura | 1120 mm |
Altura do assento | 820 mm |
Comprimento total | 2075 mm |
Distância entre eixos | 1440 mm |
Ângulo da coluna de direcção | 25° |
Trail | n.d. |
Peso em ordem de marcha | 193 kg |
Capacidade do depósito | 14 l |
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