Esteve quase a acontecer a qualificação dos três jovens portugueses que alinharam no Mundial de Supersport 300 no Estoril. Tendo logrado alcançar a repescagem, Tomás Alonso foi o luso que mais se destacou, chegando mesmo a liderar o grupo de furiosos que almejavam terminar no seis primeiros e e assim aceder às corridas de sábado e domingo. Mas uma queda coletiva pouco depois do meio da corrida atirou as aspirações do piloto de Loures pelo ar. “O Kevin Aloisi caiu na saída dos ‘esses’, houve mais dois pilotos que saltaram por cima da moto dele (ndr – Enzo de la Vega e Luca de Vleeschauwer) e eu acabei por atingir as motos deles…”, relatou com um profundo suspiro de desalento o piloto da Rame Moto Kawasaki. “Fica para a próxima… tinha ritmo suficiente para qualificar, mas vou ter de esperar pela próxima oportunidade e dar o meu melhor outra vez”.
As esperanças nacionais ficavam assim nas mãos de Pedro Fragoso e Santiago Duarte. Com as quedas que foram acontecendo, os dois portugueses da Yamaha conseguiram mesmo cavar um pequeno fosso para a Ninja 400 do irlandês James McManus. ‘Santi’ arrancou mal mas foi recuperando posições. Chegou mesmo a alcançar Fragoso e McManus, superando-os mas não indo além de sétimo, o primeiro dos excluídos do acesso à corrida. “Na primeira curva perdi seis posições”, referiu ‘Santi’. “Eles entram sem medo e eu fiquei a ver onde é metia a moto. Alcancei o grupo do Fragoso e consegui ficar à frente deles. Foi difícil mas foi uma boa primeira experiência. Para a próxima quero qualificar logo à primeira”.
Pedro Fragoso acabou em oitavo a seis décimas de Duarte. “Consegui escapar ao McManus mas o ‘Santi’ apanhou-me e passou-me. Contudo, ele perdeu ritmo e o irlandês voltou a passar-nos na reta, para a última volta, onde as Ninja 400 andam mais. Em aceleração não conseguimos passar as Kawasaki e tive de me conformar com o oitavo lugar. Não estou satisfeito mas as corridas são mesmo assim”.
Nenhum dos pilotos confirmou os projetos que têm para o ano, sendo sabida a sua vontade de continuar a internacionalização das suas carreiras. Poderá ser na ‘Supersport 300’, em equipas com estruturas mais competitivas ou até o salto para a ‘Supersport’, no CNV.
Texto: Fernando Pedrinho Martins
Fotos: Victor Schwantz Barros