Com os grandes fabricantes de motos cada vez mais interessados no segmento das motos elétricas, mas ainda numa fase inicial dos seus projetos, o mercado das duas rodas tem assim espaço para o aparecimento de fabricantes de menor dimensão, mas com grandes ambições. E a Ultraviolette F77 é a mais recente novidade elétrica que está em destaque.
A marca indiana finalmente abriu a fase de reservas para que os clientes possam adquirir a sua moto elétrica e desfrutar da mesma. A Ultraviolette F77, uma naked de cariz desportivo, deveria estar em comercialização a partir de 2020. Mas atrasos na produção em série de vários componentes, a que se seguiu a pandemia Covid-19 que colocou problemas no fornecimento de materiais e matérias primas, obrigaram a marca indiana a adiar o lançamento da sua novidade.
Com uma ciclística convencional e que se assemelha em tudo a uma moto com motor a combustão interna – suspensão dianteira invertida e monoamortecedor traseiro, ambos ajustáveis, travão dianteiro com disco de 320 mm e pinça de quatro pistões, com ABS –, a Ultraviolette F77 destaca-se na realidade pela utilização de um conjunto de baterias que lhe permite alcançar uma autonomia bastante aceitável, e um motor elétrico potente.
Em relação à autonomia, a marca adianta que pode ser de 200 km nas condições certas. Durante o período de pandemia, a Ultraviolette aproveitou o tempo de “paragem” para evoluir alguns detalhes, como a bateria.
De acordo com a Ultraviolette, as baterias da F77 são “Mecanismos de arrefecimento altamente modernizados, com novos sensores, e que incluem múltiplos sistemas de segurança quer a nível mecânico, quer a nível elétrico ou mesmo a nível térmico, o que as torna em baterias do mais avançado e robusto que existe no mundo hoje em dia”.
De facto, e olhando para as especificações técnicas, as baterias da Ultraviolette F77 contam com um processador dedicado, um módulo de GPS e outro para ligação Wi-Fi. Isto permitirá às baterias fornecer ao condutor da F77 uma série de informações de telemetria avançadas, mas também, em última análise, permitir que a Ultraviolette crie sistemas eletrónicos de otimização das baterias de acordo com a utilização de cada motociclista e respetivas necessidades.
Ainda nas baterias, destacamos o facto das mesmas poderem ser carregadas numa tomada doméstica convencional, ou então através de uma ficha de carregamento rápido.
No primeiro caso a Ultraviolette avança que as baterias ficam totalmente carregadas em 5 horas, e 80% de nível de carga é atingido em apenas 3 horas. No caso do carregamento rápido, os 100% de carga são atingidos ao fim de 90 minutos em carga, enquanto 80% demoram apenas 50 minutos.
Refira-se também que a Ultraviolette conseguiu adaptar a F77 a utilizar uma nova geração de baterias, de maior capacidade de armazenamento de energia, mas que se destacam principalmente pelo facto de poderem ser removidas da moto permitindo o carregamento em casa do proprietário, caso isso seja necessário.
Para além das baterias, esta moto elétrica com origem na Índia apresenta uma performance interessante.
O motor elétrico tem uma potência equivalente a 34 cv. Mais impressionante são os 90 Nm de binário que ficam disponíveis desde o primeiro momento em que o condutor roda o acelerador, existindo diversos modos de condução que ajustam, automaticamente, a forma como o motor reage aos impulsos no acelerador, mas, principalmente, como o motor “suga” a energia armazenada nas baterias.
A performance anunciada é de 7,5 segundos para chegar aos 100 km/h, o que não impressionará os motociclistas mais adeptos de velocidade, sendo que a velocidade máxima está limitada a cerca de 150 km/h.
Por outro lado, e ao contrário do habitual nas motos elétricas de maior capacidade, a Ultraviolette F77 pesa apenas 158 kg, o que a coloca num patamar de peso bastante assinalável, pela positiva, quando comparado com motos equivalentes e com motor a combustão interna.
As primeiras unidades desta novidade eletrizante devem começar a chegar a casa dos clientes (na Índia) nos últimos meses de 2022.
A partir daí, a Ultraviolette acredita que terá capacidade para ultrapassar as fronteiras do seu país e “atacar” mercados internacionais, nomeadamente na Europa, sendo que as instalações onde a F77 é produzida têm uma capacidade de produção de 100.000 unidades / ano, uma capacidade de produção perfeitamente capaz de corresponder às necessidades dos diferentes mercados.
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