A entidade gestora dos destinos do histórico e icónico autódromo que fica localizado ‘às portas’ de Lisboa e que tem a Serra de Sintra como cenário de fundo, confirmou então que o negócio pode mesmo avançar em breve, e adiantou que existem já entidades interessadas em concretizar a aquisição.
Esse negócio deverá ficar ‘fechado’ durante o segundo trimestre de 2024, com a Parpública a defender que “O objetivo consiste em alienar o Circuito ao melhor preço, na salvaguarda do interesse público, depois da avaliação das propostas que vierem a ser apresentadas”.
Faltará saber ao certo qual o valor pelo qual será feito o negócio da venda do Circuito do Estoril. Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, teme que o valor seja demasiado baixo tendo em conta o real valor do património em questão, e a sua localização, reagindo a informações que dão conta de que o valor poderá ser a rondar os 10 milhões de euros.
Convém, no entanto, não esquecer que, em 2015, a própria CM de Cascais esteve perto de concretizar a compra do circuito por um valor abaixo dos 5 milhões de euros.
Esse negócio viria a ‘cair’ depois do Tribunal de Contas analisar a situação e concluir que a gestão do Circuito do Estoril não deveria caber à Câmara liderada por Carlos Carreiras.
Agora, e quando estamos a horas do arranque da segunda ronda da temporada 2024 do Campeonato Nacional de Velocidade, num fim de semana onde o CNV Moto vai estar mais animado do que o habitual graças à realização do primeiro Paddock MotoFest – clique aqui para todas as informações sobre esta iniciativa – a Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), em conjunto com a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), emitiu um comunicado oficial.
Neste comunicado é defendida pela FMP / FPAK a realização de provas desportivas mesmo em caso de venda do Circuito do Estoril.
Aqui fica o comunicado na íntegra
“Na sequência das notícias vindas a público a dar conta da intenção da Parpública, entidade gestora do Autódromo do Estoril, de encontrar um comprador para aquele Circuito, a Federação de Motociclismo de Portugal e a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting informam que têm reunido com o Conselho de Administração daquela entidade com o intuito de envidar todos os esforços para que, no caso da venda efetiva, se salvaguarde a realização das provas dos Campeonatos Nacionais quer da FMP, quer da FPAK.
As duas entidades federativas já solicitaram ao Gabinete de S. Exa., o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Dr. Pedro Dias, um pedido de reunião para analisar a situação atual.
O Circuito do Estoril é uma infraestrutura de especial importância para o desporto motorizado nacional e internacional, acolhendo grandes eventos desportivos, mas também palco de um sem número de iniciativas de carácter comercial. A sua venda sem a salvaguarda das competições desportivas federadas pode pôr em causa a dinamização do circuito e prejudicar o país e o desporto motorizado de forma irrevogável”.
Resta agora esperar para perceber quais serão os próximos desenvolvimentos neste caso, sendo certo que existem, por parte das federações, mas também por parte dos motociclistas e demais fãs do desporto motorizado, muitas dúvidas sobre qual será o futuro do Circuito do Estoril e se continuaremos a ter corridas neste local.
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