Estamos a viver um momento fantástico ao nível da inovação nas duas rodas. Os denominados “anos de ouro” do motociclismo no século passado ofereceram-nos motos icónicas, que hoje em dia, como temos visto no mercado de usados, estão a valorizar imenso. Porém, nunca como agora temos visto motos tão avançadas a nível tecnológico, quer nas motos equipadas com motor a combustão interna, quer também ao nível das motos elétricas. E a Verge TS é uma naked finlandesa que é mais um bom exemplo de inovação em duas rodas.
A marca finlandesa anunciou que as primeiras unidades da naked elétrica TS estão a ser fabricadas, e em breve, cerca de dois meses, estarão prontas para serem entregues em casa dos seus felizes proprietários que fizeram a reserva há já bastante tempo na expectativa de apostar numa marca de futuro.
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Mas porque é que a Verge TS é uma moto elétrica que nos desperta tanto interesse?
Esta proposta eletrizante conta com um motor embutido nas paredes da jante traseira. Por sua vez, a jante traseira não tem cubo (em inglês “hubless”) o que lhe confere uma imagem particularmente exótica. Uma série de cabos transmitem a energia acumulada nas enormes baterias de 20,2 kWh de capacidade para o motor, que utiliza ímanes para movimentar a secção exterior da jante e assim garantir que a Verge TS se movimenta.
O motor garante uma potência de 102 kW ou equivalente a pouco mais de 138 cv.
Uma performance interessante, mas que por si só não é surpreendente, pois hoje em dia encontramos no mercado nakeds com potências a rondar os 180 ou até mais de 200 cv. Mas numa moto elétrica a potência pura não será o elemento em maior destaque. E a Verge TS é mais um bom exemplo disso.
Tudo porque do motor embutido na roda traseira a marca finlandesa consegue gerar um pico de binário que atinge os 1000 Nm!
Para ficar com uma melhor ideia do que estamos a falar, bastará referir que uma Kawasaki Ninja H2R, a variante para pista da hypernaked de Akashi, com o seu motor quatro cilindros em linha sobrealimentado por compressor volumétrico, entrega um binário máximo de 165 Nm às 12.500 rpm. No caso da Verge TS estamos a falar de um binário de 1000 Nm que fica disponível desde o momento do arranque.
Com tanto binário disponível, a Verge TS consegue atingir uma velocidade máxima limitada eletronicamente a 180 km/h, sendo que em aceleração dos 0-100 km/h a marca anuncia um tempo de 4 segundos. Algo exagerado, mas que podemos explicar facilmente se tivermos em conta que o peso do conjunto é de 249 kg.
Sendo uma moto elétrica, obviamente temos de referir a autonomia e ainda os tempos de carga das baterias.
De acordo com a Verge, a naked TS pode percorrer 200 km em autoestrada ou até 300 km numa condução urbana, sendo que o condutor terá a possibilidade de ajustar facilmente a forma como a eletrónica faz a gestão da potência e ajudas eletrónicas à condução através do painel de instrumentos TFT a cores. Para facilitar a vida do condutor, a Verge TS conta com quatro modos de condução selecionáveis: Eco, Highway, Max e Custom.
Quanto aos tempos de carregamento das massivas baterias, a Verge revela que uma autonomia de 100 km pode ser conseguida em apenas 15 minutos de carga. Para isso será necessário utilizar o carregador CCS integrado. Uma carga completa pode demorar cerca de 4 horas e meia.
E qual é o preço de comercialização da Verge TS?
O preço anunciado pela marca é de 24.999€, no caso da moto de série. Porém, como habitualmente acontece nestes casos de fabricantes mais pequenos, existe a possibilidade de o cliente adquirir uma série de extras ou personalizar a Verge TS com acessórios especiais, o que elevará o PVP final para outros patamares. Tudo dependerá dos desejos e da carteira do cliente.
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