Vins, luxo em dois tempos

Somos um bocadinho "da velha guarda" e quando nos falam em motores a dois tempos ficamos sempre empolgados. Ainda mais quando nos apresentam uma moto tão especial com a Duecinquanta da Vins.

Quando o mundo quer tornar-se eléctrico a Vins cria a Duecinquanta uma desportiva com características de sonho. O princípio de desenvolvimento desta nova desportiva é muito simples “Aumentar a potência faz-nos rápidos em recta. Diminuir o peso faz-nos rápidos em todo o lado” – C. Chapman. E basta olhar para os números que a marca apresenta para termos uma ideia de qual a direcção que esta dois tempos seguiu. A sua potência máxima, na versão de pista, é de 80 cv para um peso de 85 kg e uma velocidade máxima de 240 km/h. No caso do modelo desenhado para estrada, com todos os elementos que a tornam legal, o peso sobe para 95 kg e as prestações também deve descer um pouco, já esta tem uma cilindrada de 249 cc enquanto que a de pista tem 288 cc.

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Para lá dos números
a Vins surpreende pelas soluções técnicas encontradas para a sua ciclística, muito diferente de uma moto “convencional”. O quadro é uma estrutura monocoque que cruza a fibra de carbono com peças fundidas e maquinadas em alumínio. O seu interior é vazio e serve de conduta de ar, para uma melhor prestação aerodinâmica. Diferentes condutas dirigem ar para o sistema de refrigeração, para a admissão e para retirar calor das zonas interiores da estrutura monocoque. Os detalhes são “de babar” e o cuidado colocado em cada um mostra o tempo e dedicação colocados no desenvolvimento da Vins Duecinquanta.

A suspensão dianteira é composta por dois braços triangulares sobrepostos com um amortecedor totalmente regulável. A forquilha dianteira é uma estrutura rígida em carbono, que liga a roda a este conjunto de suspensão. Não há ligação directa entre os avanços de direcção (os punhos) e a forquilha. Assim a direcção é garantida por um conjunto de duas bielas que ligam os dois elementos. Esta solução levanta-nos questões quanto à “informação” que o piloto tem da roda dianteira, mas gostaríamos de testar.


Atrás as soluções são
igualmente inovadoras, sendo a utilização de um mono-amortecedor aquilo que ainda o aproxima dos sistemas mais cconvencionais que conhecemos. A forma como este é actuado é totalmente diferente. O amortecedor fica “atravessado” numa posição longitudinal sobre o braço oscilantes, também este uma bela estrutura em fibra de carbono. Um sistema de bielas laterais comprimem o amortecedor. As vantagens do sistema começam pelo peso que ronda os 70% de um sistema convencional e a simplicidade do movimento aumenta a eficácia do mesmo.

Para uma moto que procurou ao longo dos vários passos do seu desenvolvimento a redução de peso, o motor teria de ser um dois tempos, pela sua menor massa para as prestações que garante. É uma unidade bicilíndrica em V, moderna, com injecção de combustível, caixa de velocidades extraível, válvula de escape e um sistema de escape desenhado especificamente para o motor. É no fundo aquilo que um motor a dois tempos modernos tem ser. Resta saber como se comporta em termos de emissões poluentes.

[cq_vc_imageoverlay2 image=”6487″ isresize=”no (we will use the original image)” icon_fontawesome=”” overlaycontent=”A Vins Duecinquanta estará disponível em duas versões, uma exclusiva para pista, como motor de 288 cc e 80 cv e outra um pouco mais civilizada e legalizada para estrada de 250 cc. Os preços deverão começar nos 40.000 euros e passar os 50.000 nas unidades mais performantes.”]


A Vins Duecinquenta
tem outros detalhes de ergonomia que se juntam aos cuidados da elaboração técnica e que completam um quadro de exclusividade muito especial. O projecto esta em elaboração há alguns anos tendo tido a primeira aparição pública em 2015 no Salão de Milão. Em 2016 recebeu o prémio “German Design Award e no ano passado a empresa foi formada.

Localizada em Maranello Italia a Vins tem um nível de tecnologia que se equipara a muitos dos fabricantes que a rodeiam e os preços que se conhecem estão no mesmo alinhamento. A versão de estrada poderá rondar os 40.000 euros e as de pista 50.000 euros, são preços elevados se pensarmos numa 250 a dois tempos, mas conhecendo a tecnologia implicada na sua construção percebe-se a dimensão dos números. Neste último Salão de Milão esteve presente com um stand próprio onde expôs as suas duas unidades.

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