Poderá estar na rua já em 2020 aquela que será a quarta geração da Yamaha R1, actualmente uma das veteranas quando falamos do segmento SBK do mercado. A última evolução data de 2015 e foi muito inspirada na M1 de MotoGP, mas com a chegada da normal Euro5 em 2021 os construtores vão ter que evoluir os seus modelos se quiserem continuar a cumprir os parâmetros exigidos ao mesmo tempo que lutam pelas vitórias na SBK, onde a Ducati voltou a ‘baralhar as contas’ com uma moto ‘nascida’ nas pistas de MotoGP.
A Yamaha terá que alterar o seu motor e esse parece ser o pretexto ideal para elevar a fasquia com a sua tetracilindrica que segundo alguns rumores poderá ver o seu motor ser equipado com uma sistema de distribuição variável que permite uma maior precisão e controle na abertura das válvulas em regimes de rotação mais elevados. Uma solução que não é uma novidade e que já está presente na nova BMW S1000RR ou na Suzuki GSX-R 1000. A cambota contra-rotativa poderá ser igualmente uma realidade e sendo uma tecnologia comum no plantel de MotoGP, no segmento das Superbike apenas a dominadora e actual Panigale V4R recorre á mesma solução, que sem recurso á electrónica permite uma maior aceleração ao reduzir o efeito ‘cavalinho’.
Mas a grande novidade poderá ser mesmo a chegada da primeira caixa de velocidade ‘seamless’ ao mercado. Todos recordam o ‘Ai Jesus’ que foi quando a Honda pela primeira vez colocou esta tecnologia nas pistas do MotoGP, forçando as restantes marcas a desenvolver as suas respostas e a Yamaha poderá ser a primeira a colocar semelhante argumento numa moto de produção, faltando apenas saber como será a manutenção, pois no MotoGP no final de cada jornada as caixas de velocidade são minuciosamente revistas. Com a adopção deste tipo de caixa de velocidade os ganhos em termos de aceleração rondarão os 7% e a Yamaha já patenteou uma caixa ‘seamless’ no Japão para ser utilizada numa moto de estrada.