Depois do resumo das três primeiras horas de corrida, e sempre com o acompanhamento no circuito Bugatti por parte do nosso jornalista Bruno Gomes, onde este fim de semana se disputa a 46ª edição das famosas 24 Horas Motos em Le Mans, chega a hora de fazer uma nova atualização desta primeira ronda do Mundial de Resistência FIM.
Quanto ao português Pedro Nuno e ao Team Bolliger Switzerland, depois de um primeiro stint sem grandes problemas, a troca de pilotos e reabastecimento para o segundo stint não correu bem, com Marcel Brenner a chegar um pouco depressa demais ao ponto de paragem em frente à box e a acabar por cair quase parado quando o Pedro Nuno se preparava para entrar.
Esse azar custou à equipa cerca de minuto e meio, pois a moto demorou algum tempo a ser levantada e depois necessitou de alguns reparos. O piloto português regressou à pista algo atrasado e, pior que isso, a Kawasaki Ninja ZX-10R #8 estava com problemas na eletrónica, e os pilotos do Team Bolliger tinham então de “lutar” contra uma moto que estava sem qualquer ajuda eletrónica.
A equipa suíça rapidamente decidiu intervir na paragem seguinte, colocando um quickshift novo, que acabou por ser precisamente o que era preciso alterar para resolver o problema no circuito eletrónico.
Mas antes disso, o Pedro Nuno fazia um segundo stint sólido, mas uma saída em frente na curva 7, depois de bloqueio da roda traseira que o obrigou a tomar medidas de recurso para evitar uma queda, fez com que perdesse algum tempo. Ainda assim, entregou a moto para o piloto seguinte, Nico Thoni, que entrou em pista em 16º e continuou a recuperação do Team Bolliger Switzerland.
Com cerca de 6H40m de corrida, a equipa liderada por Kevin Bolliger faz nova paragem programada na box, mantendo sempre a constante de cerca de 30 voltas por stint, deixando então entrar em pista Marcel Brenner, que, depois do azar na troca de pilotos, estava decidido a recuperar tempo perdido.
E foi isso que fez, e nada menos do que a volta mais rápida da equipa até agora: 1m37.885s!
Com a Ninja ZX-10R a funcionar em pleno depois da troca do quickshift, Marcel Brenner regressa à box quando rodava em 14º. Pedro Nuno foi o piloto que se seguiu, iniciando então o seu terceiro stint e entrando em pista na 15ª posição.
À passagem das 7H50m de corrida, e mais uma vez num stint do Pedro Nuno, uma situação de safety car veio desta vez a beneficiar o Team Bolliger Switzerland, que aproveitava a rapidez e consistência do piloto luso para recuperar tempo para os adversários à sua frente. Com a situação de safety car, reagruparam, e assim que a corrida recomeçou o português ganhou várias posições, terminando então o terceiro stint em 11º na geral das 24 Horas Motos em Le Mans.
Já com o relógio de corrida a assinalar mais de 10H de prova passadas, o Pedro Nuno entrou novamente em ação para um quarto stint, rodando agora em 12º à Geral, mas no “top 10” da classe EWC.
Em declarações exclusivas à Revista MotoJornal, o piloto Marcel Brenner refere que a moto do Team Bolliger Switzerland está bem, bastante rápida, mas as temperaturas demasiado baixas do asfalto estão a obrigar os pilotos a compensar com o físico a falta de “grip” do asfalto do circuito Bugatti.
Por outro lado, a enorme festa que se faz em redor do circuito, com milhares de fãs em “ebulição” pela noite dentro, está a causar problemas de visibilidade devido ao muito fumo que se acumula em pista no setor 3, devido aos “burnouts” e muitas fogueiras acesas para aquecer do frio.
Quanto à luta pelo pódio nas 24 Horas Motos em Le Mans, a FCC TSR Honda France continua líder, imune a problemas de maior, pese embora já tenha sido obrigada a cumprir um “stop & go”, a YART segue em perseguição, enquanto a Viltais Racing Honda está na terceira posição.
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