Foi precisamente às 14H00 de Portugal Continental (15H00 locais) que se deu início à 45ª edição das icónicas 24 Horas de Le Mans de motos, prova de abertura da temporada 2022 do Mundial de Resistência FIM e onde participa pela primeira vez o piloto português Pedro Nuno aos comandos da Yamaha R1 #119 da equipa Slider Endurance.
Depois de ter sido o mais rápido dos três pilotos da equipa que compete na classe Superstock durante as qualificações, o que ajudou a R1 #119 a partir de 29º à geral, Pedro Nuno foi o piloto escolhido para o primeiro stint nestas 24 Horas de Le Mans de motos. Ainda a conhecer os segredos do circuito Bugatti, o piloto português não vacilou no momento da partida, e subiu ainda na primeira volta a 22º.
Mas a corrida teve um início bastante complicado. Tudo porque Bradley Smith (Moto Ain Yamaha) esteve envolvido num acidente bastante aparatoso segundos depois do arranque. O britânico, antigo piloto do Mundial de Velocidade, ficou imóvel no asfalto e a Direção de Corrida foi obrigada a fazer entrar o “safety car” para que as equipas médicas pudessem prestar o auxílio a Smith. De acordo com as informações oficiais, o piloto foi transportado para um hospital local onde está a ser observado, provavelmente terá lesão na anca.
Depois de vinte minutos em situação de “safety car”, as 24 Horas de Le Mans foram retomadas e mais uma vez o Pedro Nuno voltou a mostrar a sua rapidez.
Mesmo estando a estrear-se nesta prova tão importante para o Mundial de Resistência FIM, o piloto luso voltou a ascender na classificação geral e em pouco tempo colocava a sua R1 #119 na 18ª posição. Ao fim da primeira hora de corrida, Pedro Nuno chegou a rodar em 11º, mesmo às portas do “top 10”, mas depois teve de parar para reabastecimento e troca de piloto.
Assim terminava o seu primeiro turno aos comandos da moto da Slider Endurance, que correu muito bem. O Pedro Nuno, a descansar na box após o seu primeiro stint, falou em exclusivo com a revista MotoJornal sobre estes momentos iniciais da sua participação nas 24 Horas de Le Mans:
“Estou agora a descansar um pouco. O primeiro stint foi bom. Foi a minha primeira vez com safety car, conseguimos poupar bastante gasolina. No início tentei perceber um pouco melhor qual o ritmo que devia impor juntamente com os melhores das Superstock, percebi que o ritmo estava no segundo 39 ou 40, e assim foi. Correu bem, deixei a moto na terceira posição na classe, mas com algumas dificuldades na frente da moto. Agora é rezar e ter sorte para o que falta”, confessou-nos Pedro Nuno.
A revista MotoJornal vai continuar a acompanhar a par e passo todas as incidências da prestação do piloto português nestas 24 Horas de Le Mans de motos, prova que quando passamos a marca das 3 horas de corrida tem a FCC TSR Honda France na liderança, seguida de perto pela Yoshimura SERT Motul e com a YART, que partiu da “pole position” mas sofreu, como habitualmente, um problema no arranque e desceu a último na classificação antes do “safety car”, a recuperar muitas posições e a fechar o lote dos três primeiros classificados.