Aprilia à espera de homologação para a RSV4 competir!

A Federação Internacional de Motociclismo atualizou a lista de modelos homologados para competir nos mundiais. A Aprilia RSV4 1100 está na lista!

Depois de um longo período onde conquistou inúmeros sucessos no Mundial Superbike, nomeadamente os títulos com Max Biaggi e Sylvain Guintoli, a Aprilia abandonou este campeonato de forma oficial a partir do momento em que iniciou o desenvolvimento das RSV4 equipadas com motor quatro cilindros em V e com mais de 1000 cc.

A necessidade de atualizar a sua superdesportiva, dotando-a de mais potência, mas cumprindo com as normas de homologação europeias, levou ao aumento da cilindrada da versão de estrada da marca de Noale e à consequente saída do Mundial SBK. Ainda competiram durante algum tempo com as RSV4 de 999 cc, mas a moto deixou de ser desenvolvida como as restantes rivais do campeonato, e tornou-se complicado obter resultados, até que deixou mesmo de ser utilizada apesar de se manter na lista de modelos homologados.

As regras de homologação impedem a utilização de motores quatro cilindros com mais de 999 cc. Motores com menos do que esses quatro cilindros podem ultrapassar o limite de cilindrada, como aconteceu com a Ducati antes da chegada da Panigale V4, que competiu com motores dois cilindros, mas com obrigatoriedade de utilizar restritores na admissão para compensar a maior cubicagem.

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apriliaPorém, assim que a superdesportiva de Borgo Panigale entrou numa nova geração com motor V4, que na sua versão de estrada tem uma cilindrada de 1103 cc, a Ducati foi obrigada a criar uma variante especial de homologação, a Panigale V4 R com 998 cc. E, por sinal, com bons resultados, como verificámos no ano passado em que a moto italiana conquistou o triplete no Mundial Superbike.

A verdade é que ao longo dos últimos anos os vários fabricantes têm vindo a trabalhar com a Federação Internacional de Motociclismo (FIM), e com demais organizadores dos campeonatos, de forma a que os limites de cilindrada sejam atualizados, permitindo aos fabricantes como a Aprilia, que não comercializa uma RSV4 com menos de 1099 cc, entrarem novamente em pista.

Os primeiros resultados dessa “pressão” começaram a ser vistos há alguns anos no Campeonato Italiano de Velocidade, com a Aprilia RSV4 1100 a poder competir frente às demais rivais, obtendo bons resultados, mas, claro, com algumas limitações técnicas para equilibrar a competição.

Agora parece que finalmente teremos a possibilidade de ver a Aprilia regressar aos mundiais, depois da FIM ter divulgado a lista atualizada de motos homologadas para competir nos campeonatos Mundial Superbike e ainda no Mundial de Resistência FIM.

De acordo com a lista, a novidade que mais se destaca é o aparecimento da Aprilia RSV4 1100 lado a lado com a antiga RSV4 1000 RR/RF, que continua homologada para competir até janeiro de 2025, mas que já não é produzida.

apriliaNa lista da FIM podemos ver a RSV4 1100 como estando a aguardar a homologação para competir na classe Superstock 1000 / 1100 do Mundial de Resistência FIM, situação que já se esperava depois de Massimo Rivola, CEO da Aprilia Racing, ter confirmado em dezembro que a marca de Noale vai apoiar, ainda que num nível básico, algumas equipas que participam na categoria SSTK 1000 / 1100 em 2023, monitorizando a performance da RSV4 1100, e talvez mais tarde isso leve à criação de uma estrutura oficial, pois de momento todos os esforços do departamento Aprilia Racing estão centrados em MotoGP.

Porém, este será possivelmente o primeiro passo para um regresso da Aprilia RSV4 às pistas do Mundial Superbike.

Cumprindo facilmente com o número mínimo de motos produzidas (500 unidades), a Aprilia poderá estar tentada a requerer à FIM a homologação desta RSV4 com motor 1100 cc para competir em Superbike. Certamente que isso obrigaria a um trabalho mais profundo a nível de atualização dos regulamentos técnicos, mas, como se viu na categoria Supersport em que hoje em dia temos modelos em pista com bastante mais cilindrada do que os tradicionais 600 cc, como são os casos das Ducati Panigale V2, não será uma “missão impossível”.

Um regresso ao Mundial Superbike seria uma situação altamente positiva para o campeonato, que veria assim o regresse de uma marca com um largo historial nesta competição, uma moto que já ganhou títulos, e que traria para o mundial novas “cores” e pilotos, ajudando a aumentar o nível do espetáculo que vemos nas SBK.

De momento o facto da Aprilia RSV4 1100 estar à espera da homologação para competir nas Superstock 1000 / 1100 do Mundial de Resistência FIM não significa que automaticamente a moto ficará elegível para as Superbike. Mas é já um começo de caminho para um possível regresso desta moto ao maior campeonato de motociclismo que utiliza motos derivadas de modelos de produção em série.

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Aqui fica a lista completa de modelos homologados para competir em 2023