Após uma intensa temporada 2023, a caravana do Campeonato Nacional de Motocross (CNMX) terminou a competição com uma ronda final realizada em Vieira do Minho. Com 1.700 metros de extensão, o regresso ao circuito do Off Road Park colocou numa pista considerada por muitos como espetacular os pilotos de todas as classes, e consagrou os dois últimos campeões ainda por descobrir: MX2 e MX85.
Num dia quente o traçado minhoto recebeu 11 pilotos nas MX85, 23 nas MX2 e 12 nas MX1, sendo notada a ausência do já coroado campeão da classe principal Paulo Alberto. 46 pilotos no total, um número que ficou claramente abaixo da média, mas que está perfeitamente justificado tendo em conta que em Vieira do Minho já não havia muitos campeões por descobrir. Na verdade, apenas faltavam definir dois campeões.
Com apenas 11 pilotos em pista, a grelha mais pequena do ano nas MX1, foi André Sérgio (Beta Portugal Moto Espinha) quem brilhou, logrando vencer ambas as mangas da classe principal aos comandos de uma Beta 300 RX com motor a dois-tempos.
Há já algum tempo que o CNMX não assistia a uma vitória de uma moto com este tipo de motor. É preciso recuar até 2021 com Paulo Alberto e 2004 com Sandro Marcos para ver algo semelhante nos resultados de MX1.
Sem largar a frente em ambas as mangas, André Sérgio rapidamente ascendeu ao comando das corridas realizadas, e no final da primeira manga foi com mais de 33 segundos sobre José Feijoo que cruzou a linha de meta, cabendo ao veterano Gonçalo Reis a conquista do terceiro posto.
Na segunda manga, André Sérgio fechou os 25 minutos mais duas voltas com pouco mais de 22 segundos de vantagem novamente sobre Feijoo, sendo desta feita Francisco Salgado o terceiro na bandeira de xadrez.
Com a dupla vitória conquistada em Vieira do Minho, André Sérgio fechou o campeonato da melhor forma para a Beta Portugal Moto Espinha, e desta forma ascendeu à segunda posição da classificação de pilotos, terminando a temporada separado do campeão Paulo Alberto por apenas 1 ponto, e com Francisco Salgado a ser o terceiro.
Na classe MX2, a coroa ainda estava por entregar, mas os “dados” estavam a favor de Eric Tomás, que logo na primeira oportunidade garantiu esse ambicionado título ao vencer a primeira manga depois de liderar desde a primeira curva até ao final na frente de Fábio Costa, o segundo, a quase 20 segundos de Tomás e este com oito segundos de margem sobre Martim Espinho.
Na segunda manga o então já campeão nacional MX2 fechou o duelo com pouco mais de 10 segundos sobre Fábio Costa, com este a ser perseguido por Afonso Gomes com apenas três segundos de diferença entre ambos.
Nas contas do campeonato, Eric Tomás foi consagrado campeão nacional com 31 pontos de vantagem sobre Fábio Costa, o único que conseguiu bater Tomás ao longo do ano, sendo Martim Espinho o terceiro classificado. Refira-se que nunca na história desta classe um piloto estrangeiro se tinha conseguido impor aos portugueses.
Noutra classe que ainda não tinha campeão definido, as MX85, e com seis vitórias absolutas em outras tantas provas, Bernardo Pinto confirmou em Vieira do Minho o título.
No Off Road Park de Vieira do Minho o piloto da KTM não venceu ambas as mangas, apenas o conseguiu na segunda depois do vencedor da primeira corrida, Rodrigo Barros, ter cometido um erro que entregou a vitória ao rival, que assim fechou invicto a temporada.
Gustavo Pitschieller foi o terceiro classificado em Vieira do Minho e fechou o campeonato igualmente no degrau mais baixo do mesmo, ele que se estreou na classe em 2023. Nota ainda para a estreia de Leonardo Gaio nas MX85, conseguindo um positivo sexto posto final e evidenciando já um excelente nível de adaptação aquela que será a sua nova classe na época 2024.
Nas contas finais do campeonato e desta derradeira ronda do ano destaque também para o título nos Veteranos para Gonçalo Reis e Tomás Santos nos Juniores.
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