Texto Vitor Martins • Fotos Rui Jorge –
Mais desportiva
A marca de Taiwan há muitos anos que ganhou espaço no mercado europeu. Em Portugal a GTS 125 foi particularmente bem sucedida, e contribuiu para a consolidação da marca no nosso país. A Maxsym 600 tem sido nos últimos anos a topo de gama no catálogo da SYM, mas o segmento das maxi-scooters tem estado muito dinâmico, e a Maxsym TL é a resposta a essa dinâmica. Mas em vez de posicionar a nova Maxsym TL no segmento das 600, a SYM decidiu-se por um motor de 465 cc, colocando-se assim a meio caminho entre as 300/400 e maiores 500/600.
A SYM estima que o cliente da Maxsym TL tenha entre 30 e 50 anos de idade, que aprecia actividades ao ar livre e que neste momento tem uma moto ou scooter de 300 ou 400 cc, quer ser diferente e dá importância às prestações, agilidade e estabilidade e aparência desportiva. Por isso, a Maxsym TL afasta-se também da 600 na sua filosofia e estilo; tem um ar mais desportivo, e grande cuidado foi colocado na sua ciclística de modo a aproximar o seu comportamento ao de uma moto e não de uma tradicional scooter.
O motor de dois cilindros paralelos tem oito válvulas e duas árvores de cames, e possui um terceiro cilindro que serve para eliminar vibrações, em vez de utilizar um mais tradicional veio de equilíbrio. A SYM anuncia uma potência máxima de 40 cv às 6750 rpm e um binário máximo de 42,5 Nm às 6500. O propulsor está montado num quadro tubular em treliça, e a transmissão à roda traseira é feita por corrente – e não por correia, decisão tomada depois de ouvidos os clientes-alvo, o que levou também à utilização de tubos de malha de aço no sistema de travagem.
O motor foi colocado numa posição que contribui para uma distribuição do peso (223 kg em ordem de marcha) de 50%/50% em cada roda, o que a par da distância entre eixos de 1543 mm, torna a Maxsym TL muito estável, mas também ágil. Para isso contribui também o conjunto de suspensões, uma forquilha telescópica invertida de Ø41 mm montada em duas mesas de direcção, como uma moto, e atrás um amortecedor traseiro (regulável em pré-carga) – montado num sistema progressivo, com um longo braço oscilante em alumínio. Este sistema, na versão protótipo, adoptava uma excelente ideia: o tirante horizontal ligado ao topo do amortecedor era regulável, permitindo ajustar facilmente a altura da Maxsym TL. Porém, complicações na homologação levaram a marca a desistir da ideia… para já, o que não significa que a tenha colocado totalmente de lado.
O assento da Maxsym TL é relativamente baixo, e a posição de condução é bastante relaxada, e com boa protecção aerodinâmica. O vidro dianteiro é regulável em altura mas requer ferramentas para o fazer. Apesar de a plataforma para os pés não ser plana, há espaço sufi ciente; o único problema é quando queremos colocar os pés um pouco mais para trás, duas saliências em plástico obrigam a afastar os calcanhares.
À frente há dois espaços para arrumar pequenos objectos e uma delas tem uma tomada USB; sob o assento cabe um capacete integral ou dois jets. O painel de instrumentos é composto por um ecrã TFT de 4,5 polegadas a cores com informação em várias páginas que percorremos com um botão no punho esquerdo – ironicamente tem o consumo instantâneo, mas não tem o consumo médio – e um LCD, também a cores, com o velocímetro, odômetro e indicador do nível de gasolina.