Texto Alberto Pires • Fotos Yamaha
Comportamento dinâmico
Ciclisticamente mereceu também alguns melhoramentos, apesar do excepcional ponto de partida. O quadro em alumínio com estrutura traseira em magnésio continua a merecer elogios por parte dos elementos da equipa técnica de SBK, mas é nas jantes em magnésio que a R1 continua a fazer a diferença relativamente às suas concorrentes.
Na versão base as suspensões são provenientes da Kayaba. A forquilha foi revista interiormente no que diz respeito ao funcionamento das válvulas e possibilidade de ajustes, proporcionando melhor comunicação, e o amortecedor mantém-se completamente ajustável. O amortecedor de direção foi também revisto, oferecendo menos resistência ao movimento quando a moto está parada ou circula a baixa velocidade. Na versão R1M a Yamaha elevou a referência para um nível surpreendente, recorrendo ao que de melhor a Öhlins consegue disponibilizar, montando uma forquilha NPXEC na frente e um amortecedor TTX 36 de última geração. A forquilha de 43 mm de diâmetro permite afinação individual de compressão na bainha esquerda e extensão na direita, tendo um reservatório de Nitrogénio a 6 bar na sua parte inferior. As vantagens são inúmeras, minimizam o risco de cavitação, melhoram a absorção de impactos, aumentam a sensibilidade na roda dianteira e pelo seu comportamento mais constante e progressivo proporcionam uma aderência superior.
Na traseira a pressurização através de Nitrogénio permite ajustes mais subtis no funcionamento do hidráulico e uma melhor combinação de funcionamento com a suspensão dianteira. Em consequência, maior estabilidade, maior aderência, melhor leitura do pneu traseiro e maior facilidade em manter a trajectória.