Contacto Yamaha R1/R1M

A Yamaha enfrentou as limitações impostas pela norma Euro5 decidida a não sacrificar todo o património conquistado pela sua R1. Declinada como anteriormente em duas versões, o resultado ultrapassa as expetativas. É, seguramente, a melhor de sempre!   

Texto Alberto Pires • Fotos Yamaha

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Ajudas electrónicas

A agregar tudo isto, provavelmente um dos mais sofisticados sistemas eletrónicos em motos de produção em série. O sistema apoia-se numa unidade de medida de inércia de seis eixos, capaz de fornecer 125 informações por segundo, integrando todas as funcionalidades. Todas as intervenções electrónicas podem ser geridas através de uma App disponibilizada pela Yamaha ou diretamente através dos comandos situados nos punhos. Estão pré-definidas quatro opções “YRC” que podem ser depois modificadas.

Para a versão R1 estão disponíveis nove menus, dispostos em colunas, sendo que alguns podem ser desligados ou modifi cados no seu grau de intervenção. São 4 os níveis de “power mode”, dez de “traction control”, quatro de controlo de escorregamento, três de “launch control”, três para “quickshifter”, quatro níveis de “lift control”, três de travão motor e dois para o ABS. Na versão R1M há ainda uma terceira coluna, denominada ERS (electronic racing suspension), que permite aceder a outros menus para ajustar o funcionamento da suspensão dianteira e traseira em compressão e extensão, em função do momento ser de aceleração, travagem ou em curva. Não parece, mas é muito simples de modificar e sentir o efeito do que se mudou. O primeiro contacto com a versão base é naturalmente familiar.

A R1 nunca se mostrou pesada, nem incisiva, nem distante, e mantém essa postura. Deixa-se envolver mas faz-se sentir, não a conseguimos tratar por “tu” mas também não obriga a especiais mesuras. Nos primeiros metros, numa pista recentemente asfaltada e quase sem irregularidades, parece que a estamos a interrogar. O motor é linear e progressivo, não deixa transparecer qualquer estágio, seja de acalmia ou espasmo. Sente-se que é forte em altas, mas não notei diferença entre trocar de caixa às 12.000 rpm ou no “red line” às 14.000 rpm. As suspensões Kayaba estão também a grande nível e moldam-se à nossa vontade, convidando-nos a conhecer o que temos em mãos. A frente é progressiva, precisa, e acomoda-se às nossa hesitações. Ao fi m de poucas voltas já sabemos com o que podemos contar e decidi ir à procura dos meus limites. Os pneus Bridgestone Battlax RS11 Racing Street que tem montados – uma estreia mundial – garantem a eficácia necessária para o efeito, e é chegada a hora de perceber qual a influência do apoio electrónico que temos à nossa disposição.

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