Contacto Yamaha TMAX 560/TECH MAX

Texto Domingos Janeiro • Fotos Filmer Force Productions –

A história continua

Que é a referência nas scooters desportivas, ninguém tem dúvidas, mas para os mais cépticos, aqui ficam os números, que não enganam. Assim, ao longo destes 19 anos no activo, a TMAX, que entra agora na sétima geração, através deste modelo de 2020, conta já com mais de dois milhões de unidades vendidas em todo o mundo e mais de 276 000 unidades vendidas só na Europa. Representa 10% do valor total das unidades vendidas, mas é talvez a fatia mais importante das vendas para as contas da Yamaha, uma vez que a Europa continua a ser o mercado de referência em termos globais, não pelo volume de negócio, mas pela exigência dos consumidores.

No que respeita a países isolados na Europa, temos o mercado italiano como sendo o mais forte, absorvendo 29% das vendas. E a história da TMAX parece não ter fim à vista, com a concorrência a continuar a crescer, mas também ela com uma linha mestra em comum, a clara inspiração na eterna e única TMAX. Esta 560 é por isso, uma nova réplica a essas potenciais ameaças.

Mais agressiva, potente e fácil

Para os conhecedores, esta nova geração exibe diferenças bem explícitas em relação à anterior versão, mas para os menos atentos, à primeira vista até pode parecer a versão anterior. Isto porque os traços principais e característicos da TMAX continuam bem vincados, mas, de facto, esta nova evolução aparece profundamente renovada, de ponta a ponta. Salta-nos à vista a estética, mais elegante, luxuosa, agressiva, moderna e desportiva, também pensada para oferecer maior conforto ao condutor e passageiro.

O arco das pernas está mais estreito quer para o condutor como para o passageiro. Para o passageiro nota-se a diferença, pois antes notávamos mais o desconforto da parte rígida na dianteira do assento e agora não. O passageiro, ganhou mais espaço. É principalmente no que diz respeito a conforto, que a versão Tech MAX ganha vantagem, pois além de todo o equipamento que vem de série na TMAX 560, acrescenta punhos e assento aquecidos, cruise control, ecrã ajustável electronicamente, jantes e bainhas douradas e monoamortecedor ajustável em pré-carga e na compressão.

Como já tiveram oportunidade de constatar, esta nova geração da TMAX passa a estar disponível em apenas duas versões, deitando por terra a anterior versão mais básica, que curiosamente, era a que menos expressão tinha no mercado. Por falar em mercado, o público alvo da TMAX são os utilizadores entre os 35 e os 54 anos, maior parte deles repetentes de outras gerações TMAX e outros tantos provenientes de outras maxi-scooters.

Porque as prestações são sempre dos pontos principais desta desportiva, a Yamaha fez um notável trabalho de reajuste nas prestações, que cresceram, passando agora para os 560 cc, com a potência a subir para os 47 cv, que correspondem a 35 kW o limite máximo para a carta A2. Mas a evolução imposta ao motor (ver caixa) não teve só como objectivo o incremento de potência, mas também o foco no consumo mais contido e cumpre as mais recentes exigências no que à norma Euro5 diz respeito.

Os retoques “invisíveis”

 Não menos importantes, são os retoques mais técnicos e menos visíveis que esta nova geração da TMAX passa a trazer na sua 560 cc e que fazem toda a diferença, mesmo sem nos apercebermos disso. É o caso da nova correia de transmissão, que além de tornar todo o processo mais suave e quase sem vibrações, foi revista no que a relação diz respeito, para oferecer maior suavidade e conforto em determinadas rotações e, naturalmente, para oferecer uma capacidade de aceleração mais forte.

Outro detalhe que não se vê, mas que se ouve, é o som emitido pelo escape, grave e firme, apresentando-se como a banda sonora perfeita nas nossas viagens, sem cansar. A tecnologia está cada vez mais presente e apurada, com vista a tornar a experiência de condução melhor, mais confortável e segura. Assim, mantém o sistema D-Mode, com dois modos de funcionamento do motor, permitindo assim adaptar-se de forma mais eficaz aos diferentes cenários: mais conforto e suavidade em cidade (modo D) e maior capacidade de aceleração, quando no modo S, mais desportivo.

A ignição sem chave é um clássico, e um pormenor que torna tudo mais confortável e nem damos conta do quão prático é. A capacidade de carga mantém-se inalterada, permitindo assim guardar um capacete integral ou dois capacetes abertos, com iluminação. No tablier encontramos um compartimento no lado direito com grande profundidade e tomada 12V.

O painel TFT mantém a leitura fácil, com dois mostradores analógicos (para a velocidade e as rotações) com um pequeno mostrador digital no centro, que funciona como computador de bordo.  

Mais e melhor

Quando falamos em TMAX, os nossos parâmetros de exigência tendem em aumentar, por culpa da Yamaha que assim nos habituou. Por esse motivo, aguardávamos com natural expectativa esta apresentação internacional, que decorreu entre Cascais, Lisboa e Setúbal. Três cenários bastante diferentes, perfeitos para comprovarmos as novas actualizações a esta carismática scooter. Não fosse a chuva torrencial que apanhámos durante toda a manhã, e teria sido perfeito. No entanto, bastou um primeiro olhar para ver que a TMAX está mais bonita, moderna, mantendo um bom equilíbrio entre elegância e carácter desportivo.

A posição de condução continua a ser referência e o menor arco de perna do assento permite-nos ter acesso facilitado ao chão. Conjunto leve e equilibrado, transmite confiança e empatia imediata. Arrancamos e notamos grande suavidade na entrega da transmissão e notamos também a frente muito leve, ideal para serpentear os carros no centro da cidade, de forma simples e ágil. No entanto, essa leveza de direcção acaba também por se mostrar quando adoptamos uma postura de condução mais desportiva, o que acaba por nos incutir uma ligeira destabilização na incisão da frente. Nada que comprometa, naturalmente.

O segredo para as prestações tão semelhantes às de uma moto, deve-se ao desenho do quadro, à colocação do motor e ao conjunto de suspensões, composto pela forquilha invertida de 41 mm na frente (com acabamento dourado na versão Tech Max) e a traseira ao estilo monocross, com duplo ajuste na versão Tech Max. É tudo isto em conjunto que a torna tão leve e ágil e tão eficaz nos diversos cenários, pois é confortável no dia-a-dia na cidade, e uma máquina quase imbatível em estradas reviradas de montanha.

O motor de dois cilindros é outro dos ingredientes “secretos”, que tornam a TMAX tão viciante quanto eficaz. Uma capacidade de aceleração muito forte e imediata, subindo de rotação muito rapidamente, com uma boa baixa e média rotação e recuperações determinadas. A faixa mais elevada serve apenas para manter a velocidade de cruzeiro, com a velocidade de ponta a fixar-se muito próximo das duas centenas.

A parar este conjunto, temos o duplo disco dianteiro de 267 mm e o disco traseiro de 282 mm, muito potentes, com um bom tacto e quase perfeitos quando usados em conjunto. Continuamos a contar com o travão de parque para segurança quando temos a TMAX estacionada.

A novas Yamaha TMAX e Tech MAX 560 estão disponíveis para comercialização no fi nal de Dezembro, por 11 560€ a versão base e 13 760€ a Tech MAX nas cores Icon Grey e Sword Grey (TMAX) ou Tech Kamo e Sword Grey (Tech MAX).

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