A novidade mais aguardada da marca nipónica deste ano, pelo menos a mais sonante, tem sido o projeto Z H2. Nas últimas semanas a curiosidade adensou-se (e de que maneira) em resultado dos vários teasers que a casa de Akashi lançou. Mostrou pouco, mas o suficiente para se perceber que a nova evolução da sigla Z seria capaz de causar impacto assim que fosse revelada. Com efeito, eis que nos chega agora a confirmação do que se vinha adivinhado: uma supernaked com um motor sobrealimentado, poderoso em modo full power, todavia altamente domado pela electrónica (assim o condutor o queira).
A base motriz é a mesma e já conhecida da Ninja H2, porém com uma potência de 200 cv às 11000 rpm. Portanto, como seria expectável, menos exuberante que os 231 cv (243 com RAM Air) da sua irmã superdesportiva. A arquitetura é de 4 cilindros em linha e 998 cc, com refrigeração líquida e dupla árvore de cames à cabeça, com 16 válvulas e compressor. Na Z H2 a marca nipónica colocou também o foco no binário em baixo e médio regimes, apresentando uns impressionantes 137 Nm às 8500 rpm.
Anuncia-se como uma verdadeira “besta”. Porém promete ser dócil e pouco temperamental se assim o desejarmos, graças à parametrização das várias opções que oferece. Através da parametrização dos modos de potência, aceita o modo Full Power ou a redução de potência em 25% ou 50%, neste último caso cala 100 cv ao conjunto. A Z H2 oferece ainda quatro modos de condução (um deles manual), além de outras ajudas electrónicas, entre elas soluções que conjugam o controlo de tracção com o ABS, que ajudam a manter a moto sob controlo. Conta ainda com quick shifter, launch control, cruiser control, entre outros.
Para todos os condutores
A Kawasaki não quis restringir esta Z H2 a apenas aos mais experientes. Mas antes propor maior facilidade de utilização a um universo de condutores mais alargado. E portanto a Z H2 teria de se oferecer como uma alternativa mais abrangente dentro do estilo e patamar de cilindrada em que se insere.
Chega no próximo ano, mas esta Kawasaki Z H2 não terá vida fácil dentro do segmento, que se adivinha renhido. Isto a contar com os predicados da Ducati Streetfighter V4 e daqueles que se antecipam para a KTM Super Duke 1290 R.
A marca nipónica quis uma Z H2 que fosse solução para o dia a dia. E dentro desta lógica de desenvolvimento, foi muito pensada, não só em termos de dimensões como também de distribuição de massas, de modo a facilitar a sua manobrabilidade. Também a ciclística foi desenhada para oferecer essa elasticidade de utilização. O seu novo quadro em treliça, compacto, propõe-se oferecer o melhor compromisso entre manobrabilidade em baixas velocidades e estabilidade em velocidades mais elevadas. Assim como as suspensões SHOWA, que são totalmente reguláveis em ambos os eixos. Em termos de travões, oferece conjuntos da Brembo. Na frente uns M4.32, de montagem radial, e acoplados a dois disco 290 mm de diâmetro. Na traseira apresenta um Brembo com pistão montado num disco de 226 mm. O seu peso total é de 239 quilos.
Assim chega a Kawasaki Z H2 de forma oficial, mas seguramente vai estar em destaque no stand da marca japonesa no EICMA, em Milão. Portanto já no próximo mês de novembro. Um certame que seguramente nos ajudará a conhecer melhor esta proposta. Esta que foi desenhada sob a filosofia SUGOMI, que preconiza a aura e o espírito de presença e carácter superiores.