Fantic Caballero 500 com um bicilíndrico em 2022

A Fantic Caballero 500 pode mesmo ser uma realidade com um bicilíndrico já em 2022 - isso mesmo adiantou o patrão da marca italiana.

O líder da renascida Fantic, Mariano Roman, deixa antever que poderá ser possível vermos já no EICMA 2022 uma Fantic Caballero 500 com um motor bicilíndrico.

A marca italiana, mostrando finalmente capacidade para assegurar toda a cadeia de produção dos seus modelos, coloca o foco na expansão para novos segmentos, e a bicilíndrica Benelli TRK502 é o seu primeiro alvo. Em 2021, esta trail de média cilindrada foi o modelo mais vendido em Itália, e a Fantic reconhece o fenómeno e o sucesso da concorrente.

“Acredito que na próxima feira EICMA de Milão, já em novembro deste ano, teremos uma boa surpresa neste segmento! O sucesso da Benelli TRK502 é demasiado grande para ser ignorado!” adiantou o CEO da Fantic, Mariano Roman.

Fantic Caballero 500

A Fantic tem vindo a recuperar de décadas de dificuldades enquanto fabricante de motos, muito graças ao sucesso da plataforma Caballero – uma base de estilo scrambler com design retro e vários argumentos dinâmicos de boa aceitação por parte dos clientes, tanto das versões 125 cc como nas 500 cc. Mas não só. Também no mercado da mobilidade urbana, a Fantic tem tido bons resultados, muito por conta de uma oferta generosa de e-bikes e pequenas e-scooters. A marca oferece ainda modelos destinados ao Enduro, Motocross e Supermoto.

Recuperação e crescimento

Desde há cerca de sete anos, a Fantic tem contado com o fornecimento de motores com origem na chinesa Zongshen, nomeadamente para a linha Caballero, relançada em 2018. Porém, essa cooperação deverá terminar em breve, já que a Fantic conta com a integração da Motori Minarelli na sua estrutura de activos, depois de a ter adquirido em janeiro de 2021 à Yamaha.

A união das duas históricas marcas italianas sob a mesma bandeira concede-lhes total autonomia em relação à Zongshen já que a fábrica da Minarelli produz atualmente 90.000 motores por ano, mas tem capacidade para fabricar 200.000 unidades. A empresa também produziu 20.000 motos em 2021, mas pode aumentar esse número para 30.000.

Esta fusão faz parte de um plano estratégico que passa por colocar a produção da marca totalmente em Itália, incluindo motores. “O nosso objetivo é termos os nossos próprios motores para toda a gama Fantic nos próximos dois anos. Todos os nossos modelos, motos e e-bikes, serão produzidos 100% em Itália. E isso também inclui todos os motores,” afirmou Mariano Roman.

A casa italiana, que nasceu em 1968, e tem sede em Santa Maria di Sala, uma localidade entre Treviso e Veneza, esteve mergulhada em problemas financeiros desde os anos noventa e manteve-se em sérias dificuldades até 2014, quando foi adquirida e relançada pela VeNetWork, um consórcio de investidores presidido por Tiziano Busin, e com o ex-diretor de desenvolvimento da Aprilia, Mariano Roman, nos comandos dos destinos do emblema italiano.

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