O ‘guião’ da aventura de mototurismo mais participada da Europa é uma peça fundamental para a dinâmica que se vive a cada edição do Portugal de Lés-a-Lés e que anualmente vai para a estrada.
Trata-se de uma bússola que é uma obra de arte, um livro de edição limitada, quase que um certificado de uma jornada que cada um faz e vive à sua maneira. Quem já participou no Portugal de Lés-a-Lés guarda este documento como comprovativo de memórias vividas na estrada, onde se misturam emoções individuais com sensações e ambientes vividos em coletivo.
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Finalizada a épica aventura, o road book torna-se num mapa de memórias, de descobertas paisagísticas e históricas, do património e da gastronomia lusitana. E das muitas sensações oferecidas ao longo das muitas centenas de quilómetros que perfazem o Passeio de Abertura e as várias etapas da mega aventura criada pela Comissão de Mototurismo da FMP – Federação de Motociclismo de Portugal.
O Autor
Ernesto Brochado é o artesão desta verdadeira ‘obra de arte’ anual, que leva meses a criar e que, ano após ano, vai batendo recordes na mesmíssima proporção do próprio evento gizado pelos elementos de sempre da Federação de Motociclismo de Portugal.
Aquele que desenha e transforma as notas de progressão na essência do documento e no próprio significado do evento.
Dos primeiros esboços até ao livrinho que é entregue durante as Verificações Documentais, vão milhares de quilómetros e centenas de desenhos. Além de muitas horas de conversa com os conhecedores de cada região atravessada e de pesquisa histórica e científica.
Trabalho que justifica a admiração pelo ‘road book’, esse bem português caderno de itinerário que Brochado inventa e desenha há 24 anos.
E que muitos guardam religiosamente como impagável “souvenir” de memórias.
Portugal de Lés-a-Lés 2022
Em 2022, para a ligação de Faro a Bragança, com várias passagens por Espanha e descanso em Castelo de Vide e na Covilhã, foi batido mais um recorde, com o número total de páginas a ascender às 80!
Nada menos de 572 notas com quilometragens totais, parciais e direções a tomar, a que se juntam fotografias e desenhos da avifauna ou de apontamentos históricos, impressos em papel de 70 gramas.
Daquele mais fino, o mesmo utilizado nos livros escolares, ou nas máquinas de fotocópia e que, no final, representam qualquer coisa como 498 quilos de ‘road books’.
A estes somam-se mais 41 kg dos diplomas e fichas de controlo impressas na Lidergraf, a única empresa que mantém a parceria com o Lés-a-Lés desde 1999. Já agora, como vão ser impressos 2500 road books, isso quer dizer que no dia 9 de junho em Faro vão ser entregues 200 mil páginas A5 para que a caravana não se perca até Bragança!
Fonte: FMP
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