Uma corrida que terminou melhor do que aquilo que se previa tendo em conta o que se passou nos treinos e qualificação. Miguel Oliveira fechou a nona ronda da temporada de MotoGP com o 9º lugar, um resultado merecido depois do piloto português ter feito um enorme esforço partindo da 16ª posição.
A prova catalã foi um pouco o espelho do que tem sido a temporada de Miguel Oliveira e da Red Bull Factory KTM. Mas mais uma vez o piloto de Almada, em situação de corrida, fez a diferença, e levou a sua KTM RC16 até uma posição bem dentro do “top 10” e a lutar precisamente com o seu companheiro de equipa Brad Binder.
As elevadas temperaturas do asfalto do circuito Barcelona-Catalunha maximizaram a falta de aderência, algo que Miguel Oliveira se tem queixado há bastante tempo.
Em reação ao resultado do Grande Prémio da Catalunha, o piloto português afirma que “Tal como esperado enfrentámos uma corrida dura com baixo nível de aderência, mas mesmo assim conseguimos um nível de performance que nos permitiu terminar entre os dez primeiros e por isso mesmo estou satisfeito. Tomámos boas decisões durante a corrida, mas estou um pouco frustrado por não ter conseguido passar o Brad durante a corrida e ter perdido muito tempo. Depois disso fiz o resto da corrida sozinho. Foi tudo o que foi possível e agora temos que testar (após o GP da Catalunha) e esperamos conseguir tornar a nossa moto um pouco melhor para as próximas corridas”.
Se este resultado permite a Miguel Oliveira aproximar-se também dos dez melhores da classificação de MotoGP, a verdade é que o seu futuro continua a ser tema “quente” no paddock… e para os fãs portugueses que desesperam para saber onde vai estar no próximo ano.
Já depois do fim da corrida e em declarações à Sport TV, e reagindo também às informações que têm sido publicadas sobre um contrato já assinado com a Gresini Racing, ou até mesmo às negociações com a equipa RNF de Razlan Razali, Miguel Oliveira garante que nada está ainda decidido:
“Estou a explorar as minhas opções e simplesmente a procurar o melhor projeto, o melhor sítio para mim, com que mais me identifique. Não tenho nada assinado, mas claro que o objetivo é disputar pódios e vitórias”.
Com o próximo Grande Prémio, na Alemanha, a disputar-se apenas daqui a duas semanas, e a confirmar-se que nada está ainda assinado, Miguel Oliveira e o seu pai e empresário, Paulo Oliveira, têm agora alguns dias para continuar a “escutar” o mercado e analisar as ofertas que lhes são apresentadas.
Fique atento a www.motojornal.pt pois vamos continuar a acompanhar de perto toda a evolução da situação de negociação de contratos de MotoGP, com especial destaque para Miguel Oliveira.