Apesar de ter terminado o primeiro dia de treinos livres de MotoGP a contar para o Grande Prémio da Austrália muito perto dos dez mais rápidos, Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory) revela estar longe das sensações positivas que espera sentir quando está aos comandos da sua KTM RC16 #88.
As condições climatéricas que se fazem sentir por esta altura do ano em Phillip Island são, invariavelmente, um ponto de discussão para pilotos, equipas e fãs. E Miguel Oliveira faz questão de explicar porque é que realizar o GP da Austrália nesta altura do ano é uma má opção:
“É o momento errado de correr aqui. As motos devem ser conduzidas no verão, não no inverno. Não é que tenhamos azar com o clima, a verdade é que ele é sempre tão variável nesta época do ano. Mas cinco graus a mais de temperatura do ar seria uma grande ajuda para manter os pneus aquecidos e assim por diante… As coisas não funcionam com estas temperaturas”.
O piloto português é mais uma voz que destaca as condições climatéricas que habitualmente se fazem sentir em Phillip Island por esta altura do ano. Vento forte com rajadas imprevisíveis e de elevada intensidade, temperatura do ar e do asfalto demasiado baixa, ou ainda a chuva.
Estes são alguns dos fatores que levam muitos a criticar a realização deste GP neste momento do ano, e a situação é de tal forma complicada que os próprios regulamentos de MotoGP têm previsto que as equipas possam alterar o pacote aerodinâmico das suas motos em Phillip Island, precisamente por questões de segurança, conforme a Revista MotoJornal já aqui explicou em detalhe.
E se o vento ou as temperaturas baixas são o principal problema destacado por Miguel Oliveira, a verdade é que isso leva a que o piloto português da KTM, 11º mais rápido no final do primeiro dia de GP da Austrália, não se sinta confortável em pista.
Depois de concluído o primeiro dia de treinos, o piloto referiu que “Foi um dia difícil. Não me sinto bem na moto. Sinto que estou a lutar com a moto a cada curva e a forçar a cada movimento. Não é a melhor sensação que eu gostaria de sentir. Em Portugal, as pistas são largas, para que possamos ter uma melhor orientação. A pista aqui é muito estreita e implacável. Se cometes um pequeno erro, és carregado ou acabas na relva molhada e com muita lama. Uma rajada de vento empurra-nos para fora. Ou seja, é complicado. Acredito que esta é uma das pistas mais difíceis do calendário”, disse Miguel Oliveira.
Como maior problema neste momento e com estas condições, o piloto da equipa de fábrica da KTM aponta o dedo às dificuldades de conseguir ser rápido nas curvas que obrigam a maior inclinação da moto.
Esperando conseguir “Melhorar esta sensação de desconforto” no segundo dia, Miguel Oliveira tem ainda a terceira sessão de treinos livres de MotoGP para tentar o “assalto” e entrada direta à Qualificação 2 da categoria rainha.
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