Já muito se escreveu sobre a confirmação da mudança de Miguel Oliveira para a RNF Aprilia de MotoGP. O piloto português confirmou o novo futuro na passada terça-feira, numa conferência de imprensa realizada no seu Fan Club e em que deu a conhecer alguns detalhes de todo o processo negocial. Agora que se sabe da sua saída da KTM no final do ano, o piloto português marcou presença numa nova conferência de imprensa especial no circuito de Misano.
Já no circuito italiano e onde este fim de semana decorre o Grande Prémio de São Marino – clique aqui para ver os horários completos –, Miguel Oliveira voltou ao tema da mudança para a equipa satélite RNF Aprilia.
Desta feita, aprofundou um pouco mais as razões que o levaram a optar pela marca italiana em detrimento da marca austríaca onde conseguiu quatro vitórias em MotoGP, e com a qual já compete há várias temporadas:
“Existiram fatores diferentes para tomar esta decisão. O timing foi um grande fator, certamente. É o momento em que eu acho que tenho a oportunidade de experimentar uma moto diferente, e uma muito competitiva. Isso fez-me pensar e ficar tentado a aceitar esta oferta”, começou por referir o piloto português.
Mas a mudança poderia até nem ter acontecido… não fosse o CEO da Aprilia Racing, Massimo Rivola, ter feito o esforço pessoal para garantir que Miguel Oliveira aceitava a oferta que lhe tinha sido feita pela Aprilia:
“Também fui muito bem acolhido pelo Massimo. Ele talvez tenha adicionado o ingrediente extra para me convencer. Mas é certamente um grande prazer estar envolvido nos próximos dois anos num projeto diferente, numa moto que já demonstrou que pode ser muito consistente ao longo do fim de semana e em todos os circuitos”.
E quais são os pontos fortes da Aprilia RS-GP22 que será pilotada por Miguel Oliveira na próxima temporada de 2023?
“É muito difícil analisar de fora, porque cada moto parece melhor que a nossa, porque comparamos num momento mais quente da corrida em que apenas queremos ir mais rápido. Olhar para o Viñales realmente ajudou-me a perceber o potencial da moto. O Aleix é normal pois ele já lá está há muitos anos e conhece a moto na perfeição. Mas o Viñales vem de toda uma carreira em MotoGP de motores em linha, e foi realmente interessante quando ele subiu para a moto, e estar já a ter performances de muito bom nível. Talvez isso me tenha convencido mais do que provavelmente os resultados do Aleix”.
E de seguida Miguel Oliveira concluiu a sua intervenção na conferência de imprensa especial de MotoGP em Misano ao falar um pouco das suas expectativas:
“Veremos como nos encaixamos. Claro que cada mudança é baseada num pouco de fé e esperança que vai tudo funcionar”.
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