Miguel Oliveira poderá estar a caminho da Tech3 KTM Factory Racing em 2023, a equipa com que se estreou na categoria maior do Mundial de Velocidade, e com a qual conquistou duas das suas quatro vitórias na categoria rainha.
Isso mesmo pode ser uma alternativa para o português, e já foi confirmada pelo próprio, inclusive surpreendido pelo facto da imprensa (speedweek.com) já saber da possibilidade do seu regresso à estrutura de Hervé Poncharal: “Sim, a questão do regresso à Tech3 é algo que a KTM já me falou antes. É novo para mim. E eu questiono-me agora: o que eu poderia ter feito diferente? E o que mais posso fazer? O que mais posso fazer para me ser oferecido o mesmo cargo que tenho atualmente? Ainda não tenho uma resposta para isso”, questionou-se o piloto de Almada, deixando no ar alguns sinais de frustração com a pergunta.
A Aprilia ao confirmar ontem ter fechado as portas a novas contratações com a renovação com Aleix Espargaró e Maverick Viñales poderá ter dado o toque pendular que faltava para precipitar o efeito dominó na arrumação dos assentos para a grelha de pilotos do MotoGP em 2023.
Deste há semanas que as conversações entre estruturas e managers dos pilotos têm acontecido, com muitas abordagens e movimentações a ser notadas pela imprensa, visto que a maioria dos pilotos da classe rainha ainda não tem destino definido para 2023.
E sem dúvida que a Suzuki ao confirmar o abandono da grelha do MotoGP no final desta época fez com que “o encaixar de peças” para 2023 tomasse novo rumo, com uns a ganharem poder negocial e outros a perderem-no pela mesma bitola. Equipas e pilotos.
E todos estarão a fazer leituras sobre o que se passa nas “garagens” vizinhas para medirem e tentarem negociar as suas melhores chances numa teia de possibilidades, gerindo informação, contra-informação, verdades, meias-verdades e inverdades…
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Jack Miller, Pol Espargaró ou Alex Rins, por exemplo, são nomes agora apontados à KTM, e naturalmente quererão continuar em estruturas oficiais e não em equipas satélite, condição que pode estar a retirar espaço de manobra para Miguel Oliveira renovar na equipa oficial.
“Sei que não há muitos lugares disponíveis nas equipas de fábrica de MotoGP. No momento, há muitos pilotos mas não muitos lugares”, reconheceu Oliveira, adiantando ainda que a KTM para 2023 ainda não exerceu a opção sobre ele: “A minha situação contratual para a próxima época ainda está em aberto”, disse o português.
Contudo, Miguel Oliveira reconhece que os seus resultados podem não estar ao nível do que pretende a estrutura oficial da KTM para um piloto oficial: “Não me quero focar nas minhas quatro vitórias em MotoGP. Porque às vezes um bom trabalho não se traduz imediatamente em bons resultados. Mas o projeto de MotoGP é gerido por executivos seniores que não estão em todas as corridas, já que Pit Beirer tem muitas outras responsabilidades de direção nos seus ombros. Mas no final, são os resultados que contam. O que está na lista de resultados no domingo é a verdade. Os resultados não mentem. Mas até que este resultado final seja divulgado no domingo, muita coisa vai acontecer, o que também importa para o quadro geral”, ressalva Oliveira.
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