Dia 8 de março celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Uma ocasião especial, mas que, tendo em conta o que aconteceu no passado domingo na corrida de MotoGP no Qatar, ganha uma relevância maior. Tudo porque Nadia Padovani tornou-se na primeira mulher a vencer uma corrida da categoria rainha enquanto diretora de equipa!
Num dia de estreias a vencer, pois Enea Bastianini também festejou pela primeira vez a subida ao degrau mais alto do pódio de MotoGP no circuito de Losail, Nadia Padovani atinge um patamar de excelência que servirá, esperamos, para abrir caminho para a entrada de mais mulheres no motociclismo de competição.
Para além de diretora da equipa Gresini Racing, Nadia Padovani é também a proprietária da formação italiana. Um cargo que lhe “caiu” nos braços de forma trágica devido à morte do seu marido Fausto Gresini em 2021 devido a complicações de saúde relacionadas com a Covid-19.
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Um ano depois desse momento de profunda tristeza, Nadia está a celebrar um feito que ficará na história do motociclismo e mais precisamente da categoria rainha MotoGP.
A ambição de Fausto Gresini continua bem viva.
Nadia Padovani orientou a Gresini Racing no momento complicado que coincidiu com a morte do seu marido e o anúncio de que a estrutura italiana se iria separar da Aprilia Racing na temporada 2022 que agora começou. Foi ela que negociou com a Ducati Corse o contrato que permitiu garantir as Desmosedici GP21 para Enea Bastianini e ainda para o “rookie” Fabio di Giannantonio.
Agora, passados 16 anos desde a última vitória da Gresini Racing, a famosa corrida do Grande Prémio de Portugal no Circuito do Estoril em que Toni Elias bate na linha de meta por duas milésimas Valentino Rossi, e que viria a ser fundamental para dar o título a Nicky Hayden, Nadia Padovani fecha um ciclo de procura pela vitória, mas abre um novo ciclo enquanto proprietária e diretora da Gresini Racing.