Dia 8 de junho é um dia que Miguel Oliveira, e os fãs de MotoGP, em particular os portugueses, tão cedo não vão esquecer, pois foi hoje que o piloto natural de Almada recebeu o “OK” dos médicos do Mundial de Velocidade para regressar à competição após cinco semanas de ausência.
O Grande Prémio de Itália, a disputar de 9 a 11 de junho no circuito de Mugello, um traçado onde Miguel Oliveira já obteve excelentes resultados, basta recordar que foi aqui que conquistou a sua primeira vitória no Mundial de Velocidade, na altura na categoria Moto3, será então o muito aguardado regresso do “Falcão” português às pistas e à competição na categoria rainha.
Foram semanas de trabalho intenso para recuperar da lesão no ombro e úmero esquerdo, onde o piloto da CryptoData RNF Aprilia, em conjunto com os seus médicos, optou por “fugir” da operação e escolheu uma recuperação menos invasiva.
Apesar de ter recebido a notícia de que está considerado apto a competir em MotoGP, Miguel Oliveira tem perfeita consciência de que pilotar a sua Aprilia RS-GP 22 em Mugello, durante o GP de Itália, será uma missão bastante complicada. Não apenas porque esteve ausente das pistas várias semanas, e com isso perdeu, naturalmente, o ritmo, mas porque não se sabe ainda qual será o real estado físico do seu ombro e braço esquerdo.
Já depois de saber oficialmente que pode competir em MotoGP, Miguel Oliveira, em declarações que concedeu à Sport TV, fez uma antevisão do que poderemos esperar deste regresso à competição no Grande Prémio de Itália:
“Depois de cinco semanas de recuperação sinto-me bem. No entanto, não é tempo suficiente para estar totalmente apto. Mas espero que seja o suficiente para subir para a moto e ver como estou. Para ver como o corpo reage quando temos de travar a mais de 300 km/h, só se consegue isso a experimentar a moto. Se eu descobrir que o ombro está a impedir-me de explorar todo o meu potencial, então vou parar. Mas se não, vou continuar. Sabia de antemão que o OK médico no circuito seria algo mais formal do que propriamente um teste físico que me levasse a testar o ombro de maneira a tentar recriar as forças da moto, o verdadeiro teste vai chegar amanhã. Mugello é um dos circuitos mais desafiantes de toda a temporada a nível técnico e físico, vai ser só durante a sessão que vou conseguir tirar a sensação correta daquilo que o ombro me poderá ou não limitar. Fiz o trabalho que tinha de fazer nestas cinco semanas. Empenhei-me muito na fisioterapia e no reforço muscular, naquilo que foi possível, e tentei limpar a mente de tudo o que tem acontecido e recomeçar a temporada em Mugello. Sinto-me bastante confiante, acredito que, se continuar o fim de semana, vou continuar para fazer boa figura e não para simplesmente participar. Aquilo em que me tenho concentrado é perceber aquilo que podia ter feito de diferente, analisar pragmaticamente todas as situações, mas não tenho grandes coisas a mudar na minha atitude ou na minha abordagem ao fim de semana. Aquilo que realmente desejo, e acredito que vou conseguir, é fazer mais corridas, ainda só completei uma corrida ao domingo, que foi no Texas. Ninguém me está a pedir apenas para participar, querem que eu esteja a 100%”, afirmou o piloto português, deixando claro que a equipa CryptoData RNF Aprilia liderada por Razlan Razali não o coloca sob qualquer tipo de pressão para antecipar o seu regresso ao MotoGP.
Quer estar a par dos horários completos do Grande Prémio de Itália de MotoGP? Então só tem de clicar aqui !