Estamos ainda no primeiro dia do Grande Prémio da Malásia de MotoGP, e tanto em pista como fora dela o ambiente no circuito de Sepang está bem quente! Não só os pilotos estão a dar tudo em pista pelas melhores posições – clique aqui para ver os resultados do primeiro dia de treinos –, como fora da pista continuam a circular rumores de pilotos para ocupar o lugar de Marc Márquez na Repsol Honda. E o mais recente, e surpreendente, é o nome de Pol Espargaró!
O espanhol já esteve duas temporadas na Repsol Honda depois de sair da Red Bull KTM Factory e antes de regressar à marca austríaca este ano, mas agora inserido na GasGas Factory Tech3.
Se durante muito tempo o nome de Pol Espargaró esteve afastado das possibilidades para a Repsol Honda apontadas nos mais diversos rumores, pois todos acreditavam que o lugar deixado vago por Marc Márquez seria o destino de pilotos como Miguel Oliveira, Maverick Viñales, ou, mais recentemente, Fabio di Giannantonio, a verdade é que esses nomes foram “saindo de cena”. Da lista apenas sobra Fabio di Giannantonio, o italiano que continua sem contrato para 2024.
Tudo isto foi hoje confirmado oficialmente por Alberto Puig, diretor desportivo da Repsol Honda.
Aos microfones do canal espanhol DAZN durante o arranque do Grande Prémio da Malásia, Puig negou qualquer contacto efetuado por parte da Repsol Honda ou do HRC no sentido de tentar atrair o jovem Fermín Aldeguer, que compete em Moto2.
O responsável pelos destinos desportivos da equipa de fábrica da Honda assume que a situação da equipa é grave, pois nem sequer têm um piloto contratado quando estamos a pouco mais de duas semanas dos testes de final de temporada em Valência (28 de novembro).
Com o timing para garantir um piloto para ser companheiro de equipa de Joan Mir em 2024 a apertar, Alberto Puig confirmou hoje que a Fabio di Giannantonio junta-se na lista de potenciais candidatos à segunda Honda RC213V da equipa de fábrica o nome de Pol Espargaró.
O espanhol regressaria então a uma equipa que já conhece bem. E pese embora os resultados na sua passagem pela Repsol Honda não tenham sido os que esperava, o mais novo dos irmãos Espargaró estará a ver com bons olhos o regresso à marca japonesa pois, como se sabe, a KTM decidiu reposicionar o espanhol dentro do projeto da marca em MotoGP, passando-o para piloto de testes como forma de abrir vaga para colocar Pedro Acosta na GasGas.
Pol Espargaró, depois do regresso à competição após uma longa ausência devido às lesões que sofreu no GP de Portugal logo a abrir a temporada 2023, sempre manteve a convicção que tem capacidades para continuar a pilotar uma MotoGP a tempo inteiro, e na verdade, desde que regressou, tem conseguido, ainda que poucas vezes, obter resultados interessantes, principalmente em situação de corrida.
Certamente que a passagem a piloto de testes em vez de piloto a tempo inteiro não será do agrado do espanhol, que, aliás, já deixou críticas públicas à forma como a KTM geriu toda a situação dos seus pilotos com contrato para 2024. Dessa forma, regressar à Repsol Honda deixaria novamente Pol Espargaró na lista de pilotos que fazem parte do plantel de MotoGP e competem em todos os Grandes Prémios e não apenas de vez em quando.
Porém, e sem esquecer que apesar de Alberto Puig referir que Pol Espargaró “entrou em jogo” nesta discussão por um lugar na Repsol Honda, o responsável da equipa refere também que existem algumas (não muitas) outras possibilidades, para que este regresso aconteça seria preciso que o piloto saísse do contrato que o liga à KTM.
Sobre este assunto, Hervé Poncharal, proprietário e diretor da Tech3, e também durante uma entrevista que aconteceu ao canal oficial de MotoGP no pit lane de Sepang, garante entender a situação em que se encontra Pol Espargaró, pois para o francês “Todos eles (os pilotos) têm o fogo para ir competir”, referindo-se ao facto de Pol passar a ser apenas piloto de testes ficando fora da competição.
Ainda assim, Poncharal aponta para um contrato válido, confirma que Pol Espargaró tem visitado frequentemente o “quartel-general” da Pierer Mobility estando agradado com o que a marca austríaca lhe está a oferecer para 2024. E como existe um contrato, caso o piloto decida aceitar uma oferta que resulte num regresso à Repsol Honda, terá sempre de falar com Pit Beirer, responsável por gerir o projeto da KTM em MotoGP, de forma a chegarem a um acordo que permita “rasgar” esse contrato.
Ainda sobre possíveis pilotos que possam ocupar a vaga na Repsol Honda, Alberto Puig acabou também por descartar a possibilidade de Iker Lecuona, que compete no Mundial Superbike, ser a escolha da marca japonesa. Lecuona, que até tem sido chamado a competir em 2023 em MotoGP para substituir pilotos lesionados, e que já competiu durante uma temporada na categoria rainha antes de rumar às SBK, é piloto Honda e por isso uma opção, supostamente, lógica.
Porém, Puig refere que o compatriota não é um piloto que possa ser o escolhido pois tem contrato assinado com o Team HRC no Mundial Superbike, e que por isso não está nos planos da Repsol Honda fazer com que Lecuona termine a sua ligação à equipa de Superbike para regressar ao MotoGP em 2024.
Seja como for, a urgência é cada vez maior. Alberto Puig e a Repsol Honda continuam sem ter um piloto para 2024, e nem para o teste que assinala o primeiro contacto com o protótipo da próxima temporada e que vai acontecer em Valência após o Grande Prémio da Comunidade Valenciana.
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