Com tantos pilotos a serem obrigados a negociar novos contratos para 2025, o paddock de MotoGP “fervilha” de rumores e, naturalmente, os pilotos mais falados são aqueles que têm discutido os lugares de topo nesta que é a categoria rainha do motociclismo mundial. Com Francesco Bagnaia já garantido na Ducati Lenovo Team pois renovou com a marca italiana, outro piloto que compete com a Desmosedici GP24 tem dado que falar: Jorge Martin.
O espanhol, vice-campeão de MotoGP em 2023 e atual líder da classificação de pilotos depois de vencer o Grande Prémio de Portugal, é um dos talentos mais requisitados pelos fabricantes.
Estando a competir pela Pramac Racing desde que chegou à categoria, ou seja, há quatro anos, Jorge Martin, na conferência de imprensa prévia ao início do Grande Prémio das Américas – clique aqui para ver os horários completos –, foi questionado sobre o seu futuro.
Nomeadamente se ficará na Pramac Racing ou se vai mudar de equipa.
Mesmo estando focado em defender os 18 pontos que lhe dão a liderança no campeonato, Jorge Martin, ao seu estilo, não se escondeu da pergunta e falou de forma aberta sobre o que espera que venha a acontecer em 2025:
“Bom, neste momento estou mais ligado à Ducati do que à Pramac. Tem sido isto durante toda a minha carreira em MotoGP. Toda a gente sabe qual é a minha prioridade. Vamos aguardar, pois, ainda é muito cedo, mas espero mudar-me para uma equipa de fábrica”.
E será que os rumores que apontam para que a Pramac Racing troque as motos da Ducati e passe a competir com motos da Yamaha, conforme a Revista Motojornal já aqui revelou, podem ter alguma influência na decisão de Jorge Martin?
Mais uma vez, o piloto espanhol não cede. Deixando a “porta aberta” para que de facto a equipa de Paolo Campinoti possa trocar a Ducati pela Yamaha, Jorge Martin afirma que “Mesmo que a Pramac mude (de fabricante), penso que não vou ficar aqui”, confirmou o piloto.
Não ficando na Pramac Racing e fazendo o “forcing” para seguir a carreira em MotoGP inserido numa equipa de fábrica, qual poderá ser a equipa a conseguir garantir a rapidez do piloto espanhol?
Neste momento tudo indica que poderá ser a Ducati Lenovo Team a receber Jorge Martin e a fazer com que o espanhol se torne no novo companheiro de equipa de Bagnaia. Pelo menos essa será a decisão mais lógica tendo em conta a ligação que o próprio Jorge Martin assume ter com a marca de Borgo Panigale.
A Aprilia está, se acreditarmos nos rumores de paddock, claramente interessada em contratar um piloto de topo para a sua equipa de fábrica. Gorada a hipótese Fabio Quartararo (que renovou com a Yamaha por dois anos), a casa de Noale poderá ver agora o ‘Martinator’ como o seu principal alvo.
Até porque o seu “capitão” Aleix Espargaró, poderá estar disposto a deixar a sua carreira de piloto no final da atual temporada. Refira-se que Aleix e Martín são grandes amigos, e partilham inclusivamente o empresário Albert Valera. Não será difícil imaginar que, em caso de saída de Aleix, o empresário poderia entrar em ação para levar Jorge Martín a assinar pela Aprilia Racing.
A KTM não parece que venha a ser a nova “casa” de Jorge Martin. Primeiro porque tem Brad Binder “amarrado” por vários anos, sendo que o sul-africano é claramente o principal piloto da Red Bull KTM Factory. E segundo, é preciso ter em conta que o ainda “rookie” Pedro Acosta, com um arranque de vida em MotoGP acima das expectativas, está já de ‘olho’ na segunda KTM RC16 da equipa de fábrica.
A Honda por sua vez tem Luca Marini com contrato na equipa de fábrica. A marca japonesa estará a fazer um esforço para tornar a RC213V numa moto mais competitiva, mas os resultados não perspetivam grandes melhorias no futuro imediato. Jorge Martin, se assinar pela Repsol Honda, estaria a fazer uma aposta bastante arriscada em termos de resultados. E títulos.
Falta a Yamaha. A casa de Iwata tem Fabio Quartararo como principal piloto e já com renovação confirmada. Mais uma vez, acreditando nos rumores do paddock de MotoGP, algumas informações apontam para que a Yamaha tenha convencido o campeão de 2021 a renovar oferecendo um ordenado milionário (supostamente de 12 milhões de euros por temporada!).
A Monster Energy Yamaha tem mostrado algumas melhorias, mas continua, tal como a Honda, bastante atrás das rivais europeias. Juntar Jorge Martin a Fabio Quartararo seria formar uma dupla de sonho em diversos sentidos, mas implicaria também garantir uma M1 mais competitiva e um ordenado bastante elevado para o piloto espanhol.
Veremos o que o futuro reserva para Jorge Martin. Mas o que sabemos já, pelo menos pelas palavras do piloto, é que esse futuro não passa pela permanência na Pramac Racing.
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