MotoGP: A incógnita dos pneus Michelin em Aragão

As exigências do traçado de Aragão colocam desafios complexos aos engenheiros da Michelin. A previsibilidade de desempenho dos pneus neste circuito nunca está garantida.

O Motorland é sem margem para dúvida um dos mais interessantes e exigentes circuitos do calendário 2021. Com os seus 5.077 metros de perímetro em sentido contrário aos ponteiros do relógio, com 10 curvas para a esquerda e 7 para a direita, a par com uma grande recta que mede 968 metros.

Com uma mistura de curvas entre ganchos e outras de velocidade mais elevada, os Michelin Power Slick dianteiros que a casa francesa transportou para o circuito foram desenhados para estarem de acordo com a exigência e transmitir aos pilotos de MotoGP a confiança que estes necessitam ao longo de cada volta.

Para complementar os pneus dianteiros os destinados às rodas traseiras foram desenhados para permitir estabilidade a alta velocidade e colocar a potência no asfalto de forma eficaz, atributos importantes para que se consiga tempos rápidos e consistentes volta após volta.

Fazendo parte da comunidade autónoma de Aragón, a província de Teruel é conhecida pelo seu clima severo, com uma variada amplitude de temperatura ao longo do dia. Com a sua posição de exposição aos elemento, o Motorland Aragón pode nos trazer temperaturas muito baixas durante as manhãs, aumentando gradualmente e tornando essencial a existência de uma gama de pneus que cubra estas flutuações de temperatura. Com todos estes requisitos em mente a alocação dos Michelin Power Slick foi feita para ir ao encontro destas exigências.

As opções para as rodas dianteiras nos compostos Macio (Soft), Médio (Medium) e Duro (Hard) serão todas elas simétricas, enquanto que as três escolhas para as rodas traseiras serão de desenho assimétrico, com uma banda esquerda mais dura de forma a poder suportar o esforço superior nessa secção do pneu devido a um maior número de curvas com essa inclinação. Devido à localização geográfica mais interior – não litoral – do complexo existe sempre maior possibilidade de chuva e para esse caso os Michelin Power Rain estarão disponíveis nos compostos Macio e Médio tanto para as rodas dianteiras como traseiras. Tal como os ‘slick’ os pneus dianteiros terão desenho simétrico e os traseiros serão assimétricos com uma banda esquerda mais dura tal como os ‘primos’ slick.

“O desenho do circuito é um verdadeiro desafio para os nossos designers de pneus porque apresente uma variedade enorme de curvas, desde as lentas e fechadas, rápidas e abertas e ainda duas  rectas onde as velocidades das motos de MotoGP são bastante elevadas. Quando combinamos estes factores em todas as voltas colocamos muita pressão sobre os pneus e temos que estar seguros que oferecemos os nossos habituais níveis de elevada performance para todos os pilotos e equipas. No ano passado algumas das sessões começaram mais tarde devido ás temperaturas muito baixas – o asfalto estava abaixo dos 10°C na manhã de sexta-feira e por isso espero que as condições sejam melhores este ano já que a corrida se realiza um pouco mais cedo no ano.” comenta Piero Taramasso, o responsável pela Michelin no MotoGP.

Fonte: Miguel Oliveira Fan Club

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