Quando no final de Janeiro a Yamaha anunciou a contratação de Fabio Quartararo para o biénio 2021-2022, as atenções viraram-se para Valentino Rossi.
O piloto italiano explicou então que, como já tantas vezes tinha dito, iria avaliar a primeira parte desta temporada para decidir se continuaria a correr; nesse caso integraria a Petronas Yamaha SRT, mas com uma moto de fábrica.
Agora, com todo o atraso no arranque da temporada, sem ninguém saber quando se realizará o próximo GP, que será o primeiro para as MotoGP, Rossi admite que essa estratégia está a ser influenciada pelo surto de coronavírus.
É importante fazer corridas antes de decidir
Numa entrevista à Sky Sports, a partir da sua casa em Tavulia disse que «temos que ver quando fazemos a primeira corrida. Queria fazer umas quantas corridas para saber se ainda consigo ser competitivo. Isso seria importante».O problema é que ninguém sabe quando é que o campeonato começa, nem quantas corridas terá. Alguns eventos de Abril começaram a ser desmarcados (aqui e aqui), e o GP de Espanha, agendado para o primeiro fim-de-semana de Maio, poderá também estar em risco. «Devíamos fazer tantas corridas quanto possível, não importa se forem menos de 19. Podíamos mesmo fazer um campeonato com 13 corridas, que é o mínimo, e perder sete. Mas 13 boas corridas, com o formato de MotoGP. Veremos o que decide a Dorna, e o vírus!», diz o veteranos italiano, com referência à sugestão, com o número de fins-de-semana a escassear, de fazer grandes prémios com duas corridas, num formato semelhante ao anterior do Mundial de Superbike.
Surto condiciona calendário
O número de 13 grandes prémios é o mínimo que a Dorna Sports está obrigada por contrato com a Federação Internacional de Motociclismo a realizar anualmente. Mas dadas as condições excepcionais que estão a afectar o campeonato é muito provável que, não sendo possível garantir esse número, ambas as entidades chegassem a acordo para uma temporada excepcionalmente curta.
Para já apenas o GP do Qatar foi cancelado – para as MotoGP – com os restantes, com os da Tailândia, Américas e Argentina adiados mais para o final da temporada. Um calendário definitivo dependerá da evoluação do surto do coronavírus.