Muitas vezes ouvimos dizer (e sentimos na carteira!) que quando é para subir os preços dos combustíveis é rápido e um valor elevado, e quando é para descer essa redução do preço é lenta e insignificante. E é isso mesmo que se espera que venha a acontecer na próxima semana que começa a 11 de abril.
Com o barril de Brent a ser negociado esta quinta-feira 7 de abril perto dos 100 dólares quando no início da semana estava a valer nos mercados internacionais perto de 109 dólares, os portugueses deveriam sentir na próxima semana um grande alívio na carteira no momento de pagar o combustível que colocam nos depósitos das suas motos e automóveis.
Porém, e depois de fortes aumentos dos preços dos combustíveis, as gasolineiras, que recordamos são livres de afixar o preço dos combustíveis, não vão apresentar valores por litro muito diferentes dos que são praticados atualmente.
De acordo com especialistas ligados ao setor da energia, na próxima semana os portugueses podem esperar uma descida de cerca de 2 cêntimos por litro na gasolina. No gasóleo o valor da descida será ligeiramente superior, cerca de 2,5 cêntimos em média.
Apesar de ser uma descida e não o seu oposto, esta não deixa de ser uma notícia que certamente surpreenderá os condutores portugueses que aguardavam com expectativa que, fruto do preço em baixa do petróleo, os preços dos combustíveis sofressem uma descida mais significativa do que pouco mais de dois cêntimos por litro.
Já esta semana fomos surpreendidos pelo facto de os preços dos combustíveis não terem baixado de acordo com as previsões dos especialistas, inclusivamente de acordo com as previsões do Governo. O preço da gasolina devia ter baixado até 5 cêntimos e o gasóleo até 10 cêntimos. Porém, desde 4 de abril que vimos o preço médio destes combustíveis baixar menos do que o esperado, e inclusivamente houve casos de gasolineiras que aumentaram o preço numa decisão que causa espanto nos condutores portugueses.
Com o Governo a tardar em aplicar a prometida redução do IVA sobre os combustíveis, esperava-se que o cálculo do valor do ISP permitisse aos condutores portugueses sentir maior alívio no momento de pagar a gasolina. Mas o ISP mantém-se elevado.
De acordo com a consultora Deloitte, que fez uma série de cálculos baseando-se nas margens impostas pelas diretivas europeias relacionadas com o setor da energia e, mais precisamente, com os produtos petrolíferos, o Governo liderado pelo primeiro-ministro António Costa tem margem para reduzir de forma mais acentuada o ISP.
A Deloitte acredita que as finanças públicas têm “folga orçamental” para reduzir o ISP sobre a gasolina num valor de até 27 cêntimos, enquanto no gasóleo essa descida de ISP poderia atingir os 13 cêntimos. Tudo depende da “ambição” do Governo neste caso e aguardam-se novidades relativas a este tema.
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