Dois dias de testes oficiais do Mundial Superbike concluíram aquela que foi uma longa pausa de inverno e de pré-temporada. Mais de quatro meses separaram a última ronda de 2021 da primeira de 2022, e com o circuito Motorland Aragón já preparado para abrir as hostilidades do Mundial Superbike de 8 a 10 de abril, os dois últimos dias de testes serviram para aquecer motores e para Jonathan Rea bater tudo e todos.
Até agora nos testes de conjunto tínhamos visto o campeão Toprak Razgatlioglu (PATA Yamaha with Brixx) ser o grande dominador e a rodar em tempos que os seus rivais simplesmente não conseguiam acompanhar. Mas no último teste antes das primeiras corridas do ano, o turco acabou mesmo por ser batido por aquele que muitos apontam como o seu principal rival: Jonathan Rea.
O norte-irlandês da Kawasaki Racing Team fechou a pré-temporada como o mais rápido nos testes de Aragón. Fez o melhor tempo no segundo dia dos testes ao rodar em 1m48.714s, o que foi suficiente para deixar Toprak Razgatlioglu a três décimas de diferença na segunda posição.
Rea experimentou alguns componentes novos na sua Ninja ZX-10RR, porém, de acordo com as reações do piloto e de responsáveis da Kawasaki Racing Team, esses componentes não demonstraram ser uma grande melhoria em comparação com aquilo que tinham. Da parte de Toprak, estes testes serviram para continuar a trabalhar no pacote eletrónico da YZF-R1, e no seio da equipa japonesa tudo parece estar a acontecer conforme planeado para iniciarem da melhor forma a defesa dos títulos conquistados no ano passado.
Já Alvaro Bautista, que este ano regressa aos comandos da Ducati Panigale V4 R da Aruba.it Ducati depois de duas temporadas na Honda, foi o terceiro mais veloz no traçado espanhol, e mostra que a sua forma de pilotar parece encaixar melhor nas características da superdesportiva de Borgo Panigale.
Recordamos que no ano de estreia no Mundial Superbike, em 2019, Bautista venceu várias corridas seguidas e estava a caminho do que seria o primeiro título na categoria. Porém, a partir de metade da temporada, o espanhol perdeu “gás” e acabou por ver Jonathan Rea e a Kawasaki festejarem.
Atrás deste trio ficaram pilotos que podem claramente entrar nas contas das posições de pódio.
Garrett Gerloff (GYTR GRT Yamaha) foi o quatro na tabela de tempos conseguindo bater o francês Loris Baz (Bonovo Action BMW). Depois seguiram-se as motos oficiais de Andrea Locatelli (PATA Yamaha with Brixx), Michael Ruben Rinaldi (Aruba.it Ducati) e ainda as duas Honda CBR1000RR-R Fireblade de Iker Lecuona e Xavi Vierge. Phillip Oettl (Team GoEleven) fechou o grupo dos dez mais rápidos do teste oficial em Aragón.
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