Naquela que foi a sua terceira participação aos comandos de uma moto Triumph na icónica clássica do todo-o-terreno nacional, a Baja Portalegre 500, Filipe Elias enfrentou aquele que terá sido o seu maior desafio enquanto embaixador da marca britânica. Este ano optou por participar aos comandos de uma Triumph Tiger 1200 Rally Pro – clique aqui para ver o nosso teste em vídeo, e logrou chegar ao fim da prova intacto!
Depois de em 2019 e 2020 ter optado por competir com motos mais apropriadas para este tipo de desafios “off-road”, nomeadamente a Scrambler 1200 e a Tiger 900 Rally Pro, este ano a Baja Portalegre 500 transformou-se no derradeiro teste às capacidades de Filipe Elias, mas também da maxitrail britânica.
Sendo a única moto inscrita na classe MTT5, categoria dedicada a motos com mais de 210 kg, a Tiger 1200 Rally Pro obrigou Filipe Elias a dar o melhor de si para a levar até ao final da prova. Até porque, devido às condições climatéricas que deixaram os trilhos com bastante lama, o peso da moto obrigou o piloto a explorar os 150 cv gerados pelo motor tricilíndrico da Triumph.
Depois de um SS1 (Prólogo) e de um SS2 sem problemas de maior, impondo um ritmo cauteloso de forma a conhecer melhor o comportamento da moto neste terreno, a confiança subiu para a derradeira especial de 350 km.
Com o objetivo traçado de concluir a prova, as peripécias foram várias, sem quedas a lamentar (apenas um ‘desequilíbrio’ devido a um toque dado por um SSV quando Elias já estava fora do trilho, e outro dentro de uma ribeira de forte corrente), a Tiger 1200 Rally Pro mostrou toda a sua fibra e resistência indo até ao final sem o mínimo sinal de problemas.
Filipe Elias terminou a prova em 8 horas e 44 minutos.
Com a meta alcançada (no meio de um enorme dilúvio), o piloto da equipa Touratech / Garmin Racing Team estava satisfeito com o seu desempenho e com o da sua moto: “É impressionante o que esta moto consegue fazer. A potência que tem e, sobretudo, o seu enorme binário faz com que se ultrapassem todos os obstáculos sem preocupações. O peso podia ser um problema, sobretudo se tivesse caído, mas ao mesmo tempo era um aliado, para obter tração em locais já bastante destruídos pela passagem dos automóveis e dos SSV. Por outro lado, a qualidade de construção da moto é de grande nível. Mesmo depois de ter estado completamente submersa na ribeira, foi dar ao starter e arrancar. Eu diria que, para além do motor fantástico que tem, o seu grande trunfo é a excelente distribuição de pesos, que a torna uma moto muito fácil de conduzir. Fiquei impressionado”.
Refira-se que a Triumph Tiger 1200 Rally Pro que Filipe Elias levou à Baja Portalegre 500 estava inteiramente de série (incluindo catalizador, ponteira…). A equipa e piloto apenas decidiram reforçar o nível de proteção da Tiger, instalando as proteções de carenagem, cárter, motor, punhos e ainda no braço oscilante.