Contacto Husqvarna Svartpilen 701

A Husqvarna vai avançando com a sua estratégia de expandir a marca para lá da tradição nos modelos de todo-o-terreno ou motocross. Graças à introdução de modelos de estrada tem vindo a aumentar os números de vendas em todo o mundo. A Svartpilen 701 é mais uma a juntar a essa lista, e é uma delícia de moto.

Texto: Vitor Martins; Fotos: Husqvarna.

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Filosofia simplista

A Husqvarna escolheu a cidade de Lisboa para a apresentação mundial da Svartpilen 701, e percorrer as ruas da cidade e depois sair em direcção a Sintra pela marginal e rodar nas estradas da serra mostraram uma aposta acertada da marca sueca, que já foi italiana e agora é austríaca. O objectivo foi fazer uma moto apelativa mas simples, sem floreados, compacta e ágil e emocionante de conduzir.

A inspiração estética veio do flat track, realçada pela placa do número colocada apenas do lado direito – o lado mais visível nas ovais desta competição. Apesar de o peculiar formato do depósito ser semelhante ao da Svartpilen 401 (que experimentámos na Motojornal n.º 1445) há diferenças para o modelo mais pequeno, na traseira e também na dianteira, apesar da utilização, também de um farol redondo, em cima do qual o painel de instrumentos – também redondo, está colocado numa posição mais vertical.

A Svartpilen usa o já conhecido motor monocilíndrico de 693 cc com 4 válvulas e uma árvore de cames à cabeça, com 75 cavalos de potência máxima. Apesar da filosofia simplista, este é um motor moderno, com ride-by-wire, caixa de seis velocidades com quick shift, denominado Easy Shift, embraiagem deslizante (APTC – Adler Power Torque Control) e controlo de tracção. O quadro é, inevitavelmente, uma treliça em tubos de aço cromo-molibdénio, com forquilha telescópica invertida WP Apex na frente mono-amortecedor WP com sistema progressivo na traseira. Quando subimos a bordo percebemos logo como o assento é rijo – e pouco espesso –, mas os responsáveis da marca dizem estar a trabalhar numa versão mais confortável, que deverá ser um opcional. O tronco fica praticamente na vertical, e os pés ficam ligeiramente recuados, com as mãos a pousarem naturalmente no guiador.

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