Texto Domingos Janeiro • Fotos Félix Romero e Ula Serra
Qualidade
Basta olharmos para a FTR1200 para nos apercebermos de que tudo foi pensado ao pormenor e que nada aqui está fora do lugar ou menos conseguido. Tudo encaixa na perfeição, as linhas são modernas, desportivas e diferentes, com todos os elementos a encaixarem na perfeição e a complementarem-se, criando um todo e não diversas chamadas de atenção. Não é uma moto em que nos perdemos a contemplar os detalhes, apreciamos o todo, o que quer dizer que tudo está interligado, e bem! Das diversas versões que estavam à disposição dos jornalistas, tivemos a sorte de nos calhar a versão de topo, a FTR1200 S Race Replica, com todo o equipamento que é possível montarmos deste modelo de série, incluindo o escape Akrapovič.
A qualidade está igualmente espelhada nos elementos que compõem a ciclística, desde logo a forquilha invertida de Ø43 mm, totalmente ajustável e dourada (na versão base não tem ajustes e está pintada de negro), amortecedor traseiro também totalmente ajustável (só ajustável na pré-carga, na versão base); quadro em treliça em tubos de aço, nesta versão pintado de vermelho, assim como o braço oscilante, também ele desenhado com tubos de aço e na mesma cor. Nesta Race Replica, encontramos ainda a decoração a reproduzir a das motos campeãs americanas. Com excepção feita para a FTR1200 base, a S disponibiliza um painel de instrumentos LCD de 4.3”, com ecrã táctil; três modos de condução e controlo de tracção. No que diz repeito à travagem, contamos com dois discos de 320 mm, com pinças radiais da Brembo, com quatro êmbolos e tubos em malha de aço e um disco traseiro de 260 mm, da mesma marca, com pinça de dois êmbolos, com ABS desligável, em conjunto com o controlo de tracção. Para uma distribuição de peso mais equilibrada, o depósito de combustível estende-se para baixo do assento, deixando a frente liberta e com mais espaço para a caixa do filtro de ar, cujas entradas se encontram imediatamente à frente.
No que respeita a rodas e pneus, a nova flat tracker conta com jante de 19″ à frente e 18″ atrás, calçadas com pneus Dunlop DT3R, desenvolvidos em específico para a Indian. No painel de instrumentos, podemos encontrar uma tomada USB e nos comandos, encontramos, por exemplo, o cruise control, que vem de série.
Estreia do V2
Ou é, ou não é! Moto que é nova, não aproveita o que já está feito, e, especialmente neste caso, em que são esperadas prestações mais desportivas em relação ao que já existia na gama da Indian. Assim sendo, os americanos desenvolveram este bloco de dois cilindros em V a 60°, refrigerado a líquido, com 1203 cc e uma potência de 123 cv, empurrados por 120 Nm de binário. Injecção de combustível com sistema rideby- wire, embraiagem deslizante e caixa de seis velocidades.