A Ministra da Cultura e Desporto da Bolívia, Wilma Alanoca, confirmou ontem que a Bolívia não receberá o Dakar em 2019.
O governo boliviano tinha recebido uma proposta da ASO, que foi alvo de estudo nas últimas semanas. Afinal não chegaram a acordo e a Bolívia recusa assim receber a 41.ª edição da prova. Mas não fecha a porta a futuras edições.
Bolivia y la ASO acuerdan ampliar la promoción de las diferentes regiones del país en futuras versiones del Dakar, dejando establecido que las anteriores versiones fueron un éxito rotundo. pic.twitter.com/0mUfHMgI8P
— Wilma Alanoca Mamani (@Wilma_DeElAlto) May 14, 2018
O desacordo entre as entidades bolivianas e a ASO esteve nas regiões que deveriam receber as etapas do rali.
«Nós tínhamos manifestado o nosso interesse como país em ampliar para outras regiões, que exigem ser também parte do Dakar, e ter assim uma promoção do país de maneira mais diversificada. Mas não conseguimos chegar a um acordo conveniente a ambas as partes, e por isso esta edição não passará pela Bolívia», declarou Wilma Alanoca à imprensa do seu país.
O ‘não’ da Bolívia, apesar do retorno positivo dos últimos anos
A Bolívia recebeu o Dakar pela primeira vez em 2014 e a passagem da caravana desde então tem tido resultado muito positivo para o país.
«As últimas cinco edições do Dakar foram altamente favoráveis, tanto em movimento económico como na promoção turística da Bolívia a nível mundial. Mas necessitamos também de promover outras regiões do Estado Plurinacional», explicou a ministra boliviana. Wilma Alanoca tinha revelado dias antes que a promoção mediática da Bolívia através do Dakar 2018 foi avaliada em 37,2 milhões de dólares.
A ASO (Amaury Sport Organisation), a organizadora da prova, tem agora um problema em mãos. Para já o Peru é o único país confirmado para a próxima edição. Com o Chile e a Bolívia fora do mapa da prova, não há ligação terrestre viável entre Peru e Argentina, se esta vier a confirmar-se.
Uma solução seria neutralizar a prova para cumprir uma ligação de 1500 km entre o norte da Argentina e o sul do Peru; isto atravessando ou o Chile ou a Bolívia por estrada, sem especiais.
Com tudo isto, a 41.ª edição do Dakar não sabe ainda que países vai visitar, quanto mais ter um percursos definido. Por parte da ASO não há ainda qualquer comunicação oficial, depois de ter anunciado há dois dias o cancelamento do início das inscrições, que deveria ter começado ontem. O que se sabe, para já, é que o Peru é o único país confirmado para receber a prova em 2019.
