Texto Domingos Janeiro • Fotos Motojornal e Marcas
Jet, mesmo jet!
Há muitos utilizadores que apreciam a polivalência dos modulares, no geral, mas que não gostam do efeito nefasto que estes causam na cabeça, em termos aerodinâmicos, quando a queixeira está aberta e bem por cima da nossa testa. Ao fim de um dia intenso de abre/fecha, expostos ao vento e à deslocação do ar, sentimos o pescoço pesado, cansado. Para evitar que isso suceda e tornar a experiência de condução mais confortável, temos estes modelos, que uma vez a queixeira aberta, passa totalmente para a nuca, beneficiando o comportamento aerodinâmico do capacete.
No entanto, num olhar mais atento e aprofundado, além do conceito e qualidade geral, no que toca a soluções, técnicas e detalhes aplicados em cada um, são ligeiramente diferentes. O único reparo, menos positivo, que podemos fazer em relação a estes modelos, é o tamanho das calotas, principalmente nas laterais, devido aos sistemas de abertura da queixeira. Embora não seja um conceito novo, volta agora a ganhar a atenção das marcas, principalmente pelo carácter polivalente, capaz de cumprir com todas as exigências dos utilizadores, seja em cidade, ou até mesmo para grandes viagens.
Além disso, adaptam-se a qualquer estação do ano, com a vantagem de termos dois capacetes em um: integral e jet. Homologado para poder ser utilizado de ambas as formas, uma das grandes vantagens da queixeira passar totalmente para a nuca, é a ausência de resistência da queixeira no topo da cabeça, como é tradicional nos capacetes modelares. No entanto, a queixeira não prende na nuca, apenas fixa. Viseira exterior ampla, fácil de desmontar e interior escurecida, com botão colocado na lateral esquerda, de fácil acesso para operar. É muito fácil de desmontar e montar, basta puxar nas laterais e desencaixar.
Em termos de detalhes, este modelo não é tão elaborado quanto o Shark, mas também, é mais barato. Na verdade, a simplicidade é sempre um trunfo. Sistema de ventilação simples, com uma entrada de ar na frente, na queixeira, outra entrada de ar no topo da cabeça e dois extractores na traseira. Sem impressionar, apresenta-se funcional. Disponível em dois tamanhos de calota, é ligeiramente mais pesado que o Evo-One, 1761gr, contra as 1652gr do Shark. O interior é muito confortável, naturalmente desmontável e lavável, e, tomando o tamanho M como exemplo, que foi o tamanho por nós ensaiado, é um pouco mais folgado (sem exageros) em relação a outros M, de outras marcas. Quando fechamos a queixeira, notamos as almofadas a pressionar as bochechas, tal como deve acontecer em qualquer capacete. Tem pré-instalação para os sistemas de comunicação internos. O sistema de abertura da queixeira é de simples operação e quando esta soe, ou desce, a viseira exterior recolhe de forma automática.
O design é simples, elegante e discreto. O fecho é micrométrico de metal e no exterior encontramos diversos pontos reflectores, tal como na base, onde notamos a presença de duas inserções em pele que servem como reforço. Ranhuras no forro para as hastes dos óculos. O nível de ruído interior apresenta-se num bom equilíbrio, nem muito alto, nem muito baixo, contribuindo para o bom conforto geral. Fabricado em KPA, um polímero desenvolvido pela própria LS2.
Ficha técnica
TAMANHOS: XS ao 3XL
PESO REAL TAMANHO M: 1761gr
CORES: 6 lisas e 7 decorações
PREÇO: 380€ IMPORTADOR: www.scvouga.pt