Depois do início altamente emotivo da temporada MotoGP 2022 no circuito de Losail, Qatar, o paddock do Mundial de Velocidade e as suas categorias MotoGP, Moto2 e Moto3 estão já a caminho do circuito de Mandalika, na ilha indonésia de Lombok. De 18 a 20 de março este será o palco do Grande Prémio da Indonésia, a segunda ronda do Mundial de Velocidade. E a primeira ronda que obrigará os portugueses a acordar mais cedo.
Este circuito rodeado de uma paisagem luxuriante e exótica, com as praias de água azul turquesa e areia branca a rivalizarem com as bancadas do traçado, foi desenhado pelo alemão Hermann Tilke, que aproveitou o cenário para criar um circuito que promete corridas de MotoGP, Moto2 e Moto3 recheadas de momentos épicos de pilotagem.
O circuito, após os três dias de testes oficiais de MotoGP que ali se realizaram há pouco tempo, foi alvo de várias críticas por parte dos pilotos. Para além da muita sujidade que cobria o asfalto e mais parecia que os pilotos estavam a praticar flat track, viu o seu asfalto degradar-se bastante.
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Para corrigir a situação, os proprietários de Mandalika rapidamente reagiram e voltaram a asfaltar grande parte dos 4.310 metros de extensão do circuito, que conta com um total de 17 curvas, e uma maior quantidade de curvas para a direita (11) contra apenas 6 para a esquerda. De referir também que a maior reta tem 507 metros de comprimento, o que contrasta bastante com a longa reta de mais de um quilómetro do circuito de Losail.
A sequência de curvas torna-o num traçado que privilegia uma pilotagem fluida e que beneficia a velocidade de passagem em curva. Mas as condições climatéricas, como habitualmente acontece nesta região do globo, podem ter um papel preponderante em termos do que acontece em pista.
Os fãs mais novos do Mundial de Velocidade dificilmente se recordarão. Porém, o Grande Prémio da Indonésia de 2022 não é a primeira vez que o maior mundial de motos visita a Indonésia! Na realidade, este GP já se realizou por duas vezes: 1996 e 1997. Na altura o circuito de Sentul foi o escolhido.
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Em ambas as ocasiões, e apenas se olharmos para a categoria rainha, a equipa Repsol Honda foi vencedora do Grande Prémio da Indonésia : primeira por Mick Doohan e depois por Tadayuki Okada aos comandos das Honda NSR500 que pode ficar a conhecer melhor aqui.
Será que a Repsol Honda será batida em 2022 neste regresso à Indonésia?
Atualmente existem na categoria rainha muitos pilotos capazes de lutar pela vitória, e, principalmente, inseridos em equipas que contam com motos com performance para garantir a vitória no Grande Prémio da Indonésia. Porém, e tendo em conta os resultados dos testes oficiais de MotoGP em fevereiro e o que aconteceu no GP do Qatar, a Repsol Honda parece ter alguma vantagem para as rivais.
Recordamos que Pol Espargaró (terceiro classificado no Qatar) foi o piloto mais rápido a rodar em Mandalika com um tempo de 1m31.060s que poderá servir de referência assim que comecem as sessões de treinos livres na madrugada de sexta-feira 18 de março. E fechou o GP do Qatar com o terceiro lugar depois de liderar a corrida durante muitas voltas.
Mas o líder do campeonato é o italiano Enea Bastianini (Gresini Ducati) que surpreendeu ao vencer em Losail. O Grande Prémio da Indonésia será uma missão totalmente diferente para o jovem italiano, mas tudo pode acontecer.
Porém, pilotos como Francesco Bagnaia e Jack Miller, os dois recrutas da Ducati Lenovo Team, o campeão Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) ou ainda os dois pilotos da Suzuki Ecstar, Joan Mir e Alex Rins, podem ter em Mandalika a oportunidade de se redimirem dos resultados menos positivos do Qatar.
Por outro lado, será também importante para a Aprilia Racing, e principalmente para Aleix Espargaró, pois Maverick Viñales ainda está a sentir dificuldades com a RS-GP, confirmar no circuito indonésio a evolução que mostraram no Qatar.
Para o português Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory), o regresso a Mandalika para o Grande Prémio da Indonésia será um momento de redenção depois dos zero pontos somados no primeiro GP de MotoGP 2022.
O português, e tendo em conta que o companheiro de equipa Brad Binder foi segundo classificado, sabe que a KTM RC16 tem o potencial de lutar pelo pódio. Mais do que isso, Miguel Oliveira promete que já a partir do Grande Prémio da Indonésia irá adotar uma estratégia diferente na abordagem às sessões em pista. Algo que os fãs já pediam há muito tempo e que, se resultar, dará ao português mais argumentos para lutar pelos melhores resultados.
Se tivermos em conta os testes oficiais de MotoGP no circuito de Mandalika, e mesmo que o nome de Miguel Oliveira não tenha estado entre os mais rápidos nos três dias, verificámos que o português revelou um bom ritmo de corrida e por isso entra certamente nas nossas apostas para um bom resultado na estreia do Grande Prémio da Indonésia em Mandalika.
Horários do Grande Prémio da Indonésia
1H00 – 1H40 – Moto3 – Treinos Livres 1
1H55 – 2H35 – Moto2 – Treinos Livres 1
2H50 – 3H35 – MotoGP – Treinos Livres 1
5H15 – 5H55 – Moto3 – Treinos Livres 2
6H10 – 6H50 – Moto2 – Treinos Livres 2
7H05 – 7H50 – MotoGP – Treinos Livres 2
Sábado 19 de março
1H00 – 1H40 – Moto3 – Treinos Livres 3
1H55 – 2H35 – Moto2 – Treinos Livres 3
2H50 – 3H35 – MotoGP – Treinos Livres 3
4H35 – 4H50 – Moto3 – Qualificação 1
5H00 – 5H15 – Moto3 – Qualificação 2
5H30 – 5h45 – Moto2 – Qualificação 1
5H55 – 6H10 – Moto2 – Qualificação 2
6H25 – 6H55 – MotoGP – Treinos Livres 4
7H05 – 7H20 – MotoGP – Qualificação 1
7H30 – 7H45 – MotoGP – Qualificação 2
Domingo 20 de março
2H00 – 2H10 – Moto3 – Warm Up
2H20 – 2H30 – Moto2 – Warm Up
2H40 – 3H00 – MotoGP – Warm Up
4H00 – Moto3 – Corrida
5H20 – Moto2 – Corrida
7H00 – MotoGP – Corrida
Fique atento a www.motojornal.pt pois iremos acompanhar tudo o que acontece no Grande Prémio da Indonésia de 18 a 20 de março. A não perder!