Com as condições atmosféricas a ajudarem os pilotos de MotoGP 2022, o primeiro dia do Grande Prémio da Indonésia terminou de uma forma quase “caótica”, com mais de 20 pilotos a estarem separados por um segundo nos últimos minutos da importante segunda sessão de treinos livres. Miguel Oliveira começa em bom plano esta visita a Mandalika e termina o primeiro dia com o 9º tempo.
O piloto português já tinha sido o segundo mais rápido na primeira sessão de treinos livres apenas atrás de Pol Espargaró (Repsol Honda).
Depois, na segunda sessão, e cumprindo a promessa de atacar o Grande Prémio da Indonésia com uma estratégia mais agressiva desde o primeiro momento, Miguel Oliveira deteve o tempo mais rápido da categoria rainha durante largos minutos.
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Num dia em que as diferenças entre pilotos de MotoGP 2022 foram mínimas – os 10 primeiros separados por menos de meio segundo e os 17 primeiros por um segundo! –, o português da Red Bull KTM Factory aproveitou grande parte da segunda sessão de treinos livres para testar uma combinação de pneus que poderá ser a opção para a corrida em Mandalika.
Pneu dianteiro duro e traseiro médio na KTM RC16, uma escolha quase única neste dia, mas que lhe permitiu obter um excelente ritmo de corrida com várias voltas a ronda o 1m33s, algumas um pouco acima e outras abaixo dessa marca.
Nos minutos finais da segunda sessão de treinos de MotoGP, o circuito de Mandalika foi um cenário caótico, com todos os pilotos ao ataque ao cronómetro. As trocas de posição na tabela de tempos foram constantes, e tornou-se quase uma missão impossível conseguir acompanhar em tempo real as constantes mudanças, principalmente entre os dez primeiros que têm o acesso provisório à Qualificação 2.
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Neste ataque final ao cronómetro, Miguel Oliveira optou por equipar a sua KTM RC16 com pneus de composto médio e macio. Esta combinação permitiu ao português subir ainda mais o seu ritmo, registando então a sua melhor volta do dia com um tempo de 1m32.049s. Este registo deu para entrar no “top 10” do qual tinha saído nos minutos finais da sessão, garantindo então o 9º tempo.
Claro que será na terceira sessão de treinos livres que a passagem direta à ambicionada e decisiva Q2 de MotoGP que tudo se decide, mas para já o início de Grande Prémio da Indonésia está a ser muito positivo para o português Miguel Oliveira. Em particular tendo em conta o ritmo de corrida demonstrado.
Quanto aos mais rápidos no primeiro dia em Mandalika, e com ausências de “peso” nas posições cimeiras – Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team), Marc Márquez e Pol Espargaró (Repsol Honda), Joan Mir (Suzuki Ecstar), todos fora dos dez melhores e bem atrás nos tempos –, acabou por ser o francês campeão do mundo em 2021, Fabio Quartararo a registar aquele que é até ao momento o recorde absoluto do circuito de Mandalika.
Depois de uma primeira saída para a pista em que a Yamaha M1 de Quartararo sofreu um problema técnico e obrigou a uma paragem não prevista na box durante mais de dez minutos, o francês regressou à pista e começou então a melhorar os tempos por volta.
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Mesmo com várias voltas canceladas por ultrapassar os limites de pista, Quartararo eventualmente conseguiu acertar com as trajetórias do novo traçado, e posicionou a sua M1 no topo da tabela de tempos combinados do primeiro dia do GP da Indonésia. O melhor tempo foi de 1m31.608s.
De facto, para a Monster Energy Yamaha, este foi um primeiro dia excelente pois o italiano Franco Morbidelli seguiu o seu companheiro de equipa para conseguir então o segundo tempo (1m31.638s). Logo atrás das duas Yamaha de fábrica terminaram as duas Pramac Ducati, com Johann Zarco a ser terceiro e Jorge Martin quarto.
Vencedor do primeiro GP de MotoGP 2022 e líder do campeonato, Enea Bastianini (Gresini Racing), um dos pilotos que caiu nesta sessão, mesmo assim consegue o 5º tempo até ao momento, seguido de perto por Jack Miller (Ducati Lenovo Team) e ainda Aleix Espargaró (Aprilia Racing). Brad Binder (Red Bull KTM Factory) foi o melhor piloto da equipa austríaca, precisamente na frente do Miguel Oliveira, enquanto o “top 10” fica completo com a presença de Alex Rins (Suzuki Ecstar).
Num dia de muito calor, o que causa sempre dificuldades acrescidas aos pilotos de MotoGP, destacamos algumas quedas nesta última sessão do dia de abertura do Grande Prémio da Indonésia. Já referimos Bastianini, mas também as duas Repsol Honda ficaram a conhecer de perto a gravilha das escapatórias de Mandalika. A queda de Márquez foi particularmente rápida e aparatosa, com o oito vezes campeão do mundo da entrar na gravilha a alta velocidade, mas a conseguir defender-se de uma possível lesão, particularmente ao nível dos braços.
Fique atento a www.motojornal.pt pois iremos dar conta de todos os resultados do Grande Prémio da Indonésia e em particular a prestação do português Miguel Oliveira nesta segunda prova de MotoGP 2022. A não perder!