Com as atividades em pista a terem início marcado para a próxima madrugada de 18 de março, o circuito da Mandalika prepara-se com pompa e circunstância para dar as boas-vindas ao MotoGP 2022 e, claro, ao português Miguel Oliveira. Os pilotos da categoria rainha foram recebidos como “reis” na Indonésia, recebendo um “banho de multidão” num passeio de moto que alguns pilotos realizaram em conjunto com o presidente da Indonésia, Joko Widodo.
Para Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory), o regresso à ilha de Lombok e ao novo traçado que figura pela primeira vez no Mundial de Velocidade, significa uma segunda oportunidade de somar pontos nesta temporada de MotoGP 2022.
Os zero pontos do Grande Prémio do Qatar estão já “esquecidos”. Miguel Oliveira sabe que tem de amealhar já a partir deste Grande Prémio da Indonésia os primeiros pontos da temporada. E esse é mesmo o objetivo que o piloto português não quer falhar:
“Precisamos de fazer com que as coisas funcionem e terminar a corrida. Esse é o meu maior desejo para o fim de semana depois de não ter conquistado pontos no Qatar, o que é obviamente prioritário para a equipa e para mim aqui em Mandalika”, começa por dizer Miguel Oliveira.
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Porém, os três dias do GP da Indonésia não se adivinham fáceis para ninguém. Felizmente o piloto português parece estar confiante no trabalho realizado pela Red Bull KTM Factory nos testes de pré-temporada que aqui se realizaram. Miguel Oliveira pode não ter figurado nos mais velozes em termos de volta rápida, mas esse não era o objetivo do programa de testes da equipa e desenvolvimento da RC16.
Em vez disso, Miguel Oliveira e a formação liderada por Francesco Guidotti focaram-se no ritmo de corrida. E nesse ponto de vista, o português terminou os testes de Mandalika como um dos nomes em destaque e agora terá de mostrar em ambiente de competição que esse trabalho compensa:
“Os três dias de testes que aqui realizámos foram muito positivos e levámos boas sensações e informações que vão ser certamente úteis para este fim de semana. A simulação de corrida que realizámos então foi muito boa, e agora teremos que colocar tudo em prática de forma correta. Vai ser um desafio para todos nós, mas a consistência tem que ser a palavra de ordem para este arranque de campeonato e quero pontuar sólido aqui”.
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Um ponto importante e que deve ser tido em conta nesta primeira edição do Grande Prémio da Indonésia em Mandalika, para além da chuva que, provavelmente, irá aparecer e complicar as “contas” dos pilotos, é o estado do asfalto do traçado que está situado no que muitos descrevem como sendo um paraíso.
Para os pilotos de MotoGP 2022, o asfalto de Mandalika foi tudo menos esse paraíso. Nos testes sobraram muitas críticas para o estado do asfalto, com os potentes protótipos da categoria rainha a levantarem muitas pedras e outros detritos, o que causou inúmeros problemas.
Num circuito que prima pela velocidade em curva e fluidez de trajetórias, Miguel Oliveira mostra-se satisfeito com as melhorias apresentadas pelo circuito, que, recordamos, sofreu um reasfaltamento de 25% da sua extensão e foi limpo nos dias anteriores para evitar a acumulação de terra na sua superfície e assim aumentar a aderência:
“A pista parece estar em melhores condições do que esteve nos testes, pelo menos olhando do lado de fora. E isso é positivo. Estou desejoso de começar a trabalhar e arrancar o fim de semana positivo”, conclui Miguel Oliveira, que, tal como os restantes pilotos de MotoGP 2022, terá à disposição um novo pneu Michelin criado especificamente para suportar as exigências do Grande Prémio da Indonésia.
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