Depois de muita antecipação e especulação, esta tarde de quinta-feira 16 de junho que antecede o Grande Prémio da Alemanha – clique aqui para ver os horários completos – acabou por não acrescentar nenhuma novidade em relação ao futuro de Miguel Oliveira. O ainda piloto da Red Bull KTM Factory já tinha avisado que não iria participar em conferência de imprensa para anunciar uma nova equipa. Mas concedeu uma extensa entrevista ao website oficial MotoGP.com.
E nesta entrevista – que pode ver aqui de forma gratuita – o piloto de Almada abordou vários temas sobre a sua vida na categoria rainha. Mas, claro, o tema mais “quente” foi quando surgiram as questões sobre o seu futuro.
Sempre bem-disposto, mas mantendo a sua postura discreta sobre negociações, Miguel Oliveira fez questão de garantir que ainda não assinou qualquer contrato com qualquer equipa ou fabricante:
“Não assinei por nenhuma equipa. Acredito que o meu futuro será aqui no MotoGP. A situação é a mesma de outros pilotos que também ainda não assinaram. É difícil ter o teu futuro nas mãos de outros. É assim… Sinto-me muito grato por ter estado com a KTM. Desejo o melhor ao Jack e à KTM. Terá sempre um lugar no meu coração. Quero o melhor para o projeto, mesmo que no final da temporada os nossos caminhos se separem. Quero dar o melhor de mim, dando-lhes mais pódios e vitórias até ao final”.
Nesta parte da entrevista, o piloto da KTM quis também destacar que a marca austríaca queria mesmo contar com o seu talento para continuar no projeto de MotoGP. Uma proposta (ida para a Tech3), que o piloto recusou, pese embora os responsáveis austríacos tenham apresentado argumentos fortes:
“Tenho também de clarificar que a KTM fez todos os possíveis para me manter, mas na Tech 3. Mas é algo que expressei que não queria. A equipa de fábrica é onde quero estar e onde sinto que posso dar mais à equipa. Um lugar que garanti pelos resultados, mas também por mostrar que posso fazer o trabalho”.
Miguel Oliveira mantém a sua postura em relação ao projeto da KTM em MotoGP. Para o português, o projeto tem muito para evoluir na procura de melhores resultados, tendo o protótipo RC16 um grande potencial.
Mas já sabemos que o português não estará mais aos comandos da moto austríaca depois de 2022. Agora está a negociar novo contrato e um futuro que significará o ingresso numa nova equipa. Muito se tem falado na Gresini Racing. Mas a equipa italiana, a acreditar nas palavras de Miguel, não conseguiu ainda convencer o português a colocar o “preto no branco”.
E como é estar numa posição de negociar novo contrato com várias equipas e fabricantes?
“Às vezes um novo desafio é o melhor. Gostaria de continuar na KTM mais anos, porque o projeto tem potencial. Mas é agradável sentar-me com outras marcas e ver o que pensam de mim. Foi bom também ouvir isso. Nunca tinha ouvido a opinião de outras equipas sobre mim. E isso motivou-me a fazer o melhor possível”, refere Miguel Oliveira.
Teremos então de aguardar mais algum tempo para ficar a conhecer qual a nova equipa do piloto português na categoria rainha.
Nesta tarde de quinta-feira antes do início do Grande Prémio da Alemanha um segundo momento especial também estava sob o olhar atento dos fãs de Miguel Oliveira. Tudo porque a Gresini Racing tinha anunciado a revelação de um segredo. E muitos esperavam que fosse o anúncio da chegada de Miguel Oliveira à equipa de Nadia Padovani.
Porém, a Gresini aproveitou a ocasião para anunciar a chegada do livro dedicado ao ex-piloto e fundador da equipa. O livro “Fausto Gresini – a história de um sonhador”, está disponível em italiano e inglês e pode ser adquirido aqui.
