Dois dias de testes oficiais de MotoGP no circuito de Misano deveriam ser para Miguel Oliveira testar novos componentes e soluções para a utilizar na sua KTM RC16. Porém, o piloto português, fruto da sua decisão de rumar à RNF Aprilia em 2023, deixou de ter material novo para testar, e por isso estes dois dias em Misano são enfrentados dentro de uma nova perspetiva.
É sabido que a KTM pretender renovar profundamente o seu protótipo RC16 para o próximo ano.
O fabricante austríaco entende que o caminho que tem vindo a seguir está longe de ser o ideal, e para além do reforço a nível técnico com a chegada de engenheiros da Fórmula 1 e até mesmo de engenheiros de fabricantes rivais como da Ducati, a chegada de uma renovada RC16 na próxima temporada é uma certeza.
E a preparação dessa moto acontece já nos testes de Misano que decorrem até ao final do dia de hoje, 7 de setembro.
A verdade é que apesar de existirem muitas coisas para testar na RC16 para aumentar a sua performance num plantel de MotoGP extremamente competitivo, e quando ainda faltam várias corridas para cumprir até final da temporada, Miguel Oliveira está a rodar e Misano nestes dois dias de testes, mas sem poder testar nada de novo.
Uma situação normal e que não é única, e que o piloto português encara de forma natural:
“Não há qualquer surpresa por não ter componentes novos para testar, já esperava isso. Faz sentido não participar em muitos detalhes para 2023 pois eu não farei parte do projeto. Estou em paz com isso”, começa por referir Miguel Oliveira.
Sem material novo para testar em Misano, como é que Miguel Oliveira está a aproveitar os dois dias de testes oficiais de MotoGP?
A resposta é simples: focar-se nas afinações da sua KTM RC16 e preparar o ataque à parte final da temporada!
Tranquilo, sem a pressão de ter de testar e validar novos componentes como vinha a acontecer até ao momento em que optou por assinar contrato com a RNF Aprilia, Miguel Oliveira aproveitou o primeiro dia de testes para afinar a sua moto e procurar melhorar alguns pontos menos fortes da moto austríaca:
“Experimentámos algumas coisas para termos mais estabilidade na entrada em curva, pois não conseguimos curvar enquanto travamos”.
Mas o trabalho na entrada em curva está a dar resultados noutra área: a saída de curva. O piloto português refere que “Ao mesmo tempo descobrimos coisas interessantes à saída das curvas”, dando a entender que a sua moto poderá sofrer uma melhoria significativa em termos de tração e capacidade de aceleração.
O derradeiro dia de testes oficiais em Misano será dedicado à rapidez pura.
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