No seguimento da intenção da Dorna, da Federação Internacional de Motociclismo e até das próprias equipas representadas pela IRTA, de levar o espetáculo do MotoGP a novos países e assim atrair novos fãs para este campeonato, foi hoje anunciado que a partir da temporada 2023 teremos no calendário o novo Grande Prémio do Cazaquistão.
Não se sabe ainda quando é que se realizará este novo GP, porém, tudo indica que seja incluído no calendário a meio da temporada de MotoGP. Refira-se que ainda não foi revelado o calendário provisório de 2023, que sabemos que vai começar com uma visita ao Autódromo Internacional do Algarve com o Grande Prémio de Portugal a abrir a temporada.
De acordo com o comunicado hoje divulgado pela entidade gestora dos direitos do Mundial de Velocidade, o circuito que irá acolher o Grande Prémio do Cazaquistão será o Sokol International Racetrack, que assim que se estrear vai tornar-se então no 74º circuito diferente a receber um Grande Prémio.
Também o Cazaquistão vai tornar-se no 30º país diferente a servir de anfitrião de uma ronda do Mundial de Velocidade desde o ano de 1949. E assim vai permanecer pelo menos nos cinco anos seguintes ao primeiro GP do Cazaquistão, pois essa é a validade do acordo.
Esta confirmação acontece poucos dias depois da Dorna ter assinado uma Carta de Intenção para organizar o Grande Prémio da índia, e quando também sabemos que a Arábia Saudita está na calha para integrar o calendário de MotoGP em breve.
Esta não deixa também de ser uma importante confirmação para a Dorna e a FIM, juntamente com as equipas, começarem a preparar o futuro calendário do Mundial de Velocidade, que, como tudo indica, deverá crescer em número de provas a realizar por temporada.
Atualmente temos 20 Grandes Prémios, fruto da desistência da Finlândia, pois caso contrário teríamos já este ano 21 Grandes Prémios. A partir de 2023 teremos já confirmado o novo Grande Prémio do Cazaquistão, o que levaria o total de rondas para 22 Grandes Prémios, um número que será o limite de corridas a realizar por temporada inscrito no acordo negociado com as equipas de MotoGP.
Por outro lado, sabemos que há muito que Carmelo Ezpeleta pretende menos rondas na Europa, e apenas reduzindo o número de corridas no Velho Continente é que o CEO da Dorna Sports conseguirá acomodar numa só temporada tantas corridas espalhadas pelo globo.
Nesse sentido, os circuitos de Jerez, Motorland Aragón, Ricardo Tormo e Barcelona-Catalunha, já terão negociado, e acordado, um sistema de rotatividade dos Grandes Prémios realizados em Espanha. A saída anual em regime de rotatividade de um ou mais GP espanhóis permitirá a entrada dos novos países como Índia, Arábia Saudita e agora o Cazaquistão.
Ainda relacionado com o tema calendário de MotoGP e novos países a visitar pelo campeonato, surgem agora informações partilhadas pela jornalista húngara Niki Kovacs na sua página de Twitter, que apontam para o cancelamento do projeto que permitiria ao MotoGP regressar à Hungria.
Esta jornalista refere que o governo daquele país já terá cancelado o projeto de construção de um circuito novo, e, entretanto, já colocou mesmo à venda os terrenos onde o circuito seria construído. O que está em falta é oficializar o fim do acordo que estava assinado com a Dorna… algo que em breve deverá ser anunciado.